14 de out. de 2024

RELEVÂNCIA DE TERAPIAS EM PACIENTES AMPUTADOS

A amputação é uma experiência devastadora que afeta não apenas a integridade física do paciente, mas também sua saúde mental e emocional. Além de causar complicações que interferem na reabilitação psicomotora e na qualidade de vida do paciente, altera relevantes mudanças funcioinais nos indivíduos amputados. (SOUZA et al, 2016)
A amputação é considerada uma cirurgia reconstrutora, na qual, separa do organismo de maneira parcial ou total, um membro ou parte do corpo, para fins terapêuticos, decorrentes de causas externas, como acidentes, ou a condições de saúde agudas ou crônicas, como infecções e Diabetes Melitus, respectivamente (VARGAS et al, 2014).
A reabilitação e as terapias desempenham um papel crucial na recuperação e na qualidade de vida dos amputados. Para tanto, se faz necessário retificar a importância da intervenção multidisciplinar na reabilitação de um paciente amputado, assim como, destacar a magnitude do tratamento nas intercorrências que surgem durante as fases de reabilitação.
A amputação pode desencadear uma série de emoções emocionais, incluindo depressão, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático. É comum que os pacientes enfrentem o luto pela perda de identidade do membro e pelas mudanças na sua. O suporte psicológico é fundamental para ajudar os pacientes a lidar com essas emoções, promovendo a acessibilidade e a adaptação à nova área existente.
No que diz respeito a autoimagem no sujeito amputado, MATURANA (2004), afirma que a autoimagem do sujeito é alterada após a amputação, pois há modificação na visão cognitiva de si mesmo. Sendo assim, conforme os resultados apresentados, 55% dos entrevistados asseguram uma mudança drástica nesse quesito ou grande limitação. SILVA, QUEIROZ, 2009, promulgam a importância da reabilitação do sujeito à sociedade, permitindo a retomada de atividades diversas por meio da prótese.
Tal fato é reforçado pelos 88,8% dos entrevistados na ANPR, demonstrando a importância do trabalho multiprofissional com esses indivíduos, havendo sentimento de disposição e capacidade para os afazeres rotineiros dentro de suas possibilidades. Portanto, é de extrema relevância também, a aceitação do quadro atual do paciente para que o próprio consiga relacionar consigo mesmo e com o meio em sua volta. (LIMA, LEÃO, 2004, p. 148-164).
Além das terapias tradicionais, práticas como a acupuntura, a musicoterapia e a terapia artística apresentam benefícios em pacientes amputados. Essas abordagens complementares podem ajudar a reduzir a dor, a ansiedade e a depressão.
As terapias para pacientes amputados são fundamentais não apenas para a recuperação física, mas também para o bem-estar emocional e psicológico. A integração de diferentes abordagens terapêuticas pode facilitar a adaptação à nova realidade, promovendo a autonomia e uma melhor qualidade de vida.
A atuação multiprofissional é de suma importância para o processo de reabilitação dos pacientes amputados. Da mesma forma, a interação entre os profissionais mostra-se importante para que se tenha uma melhor conduta terapêutica na readaptação do paciente, assim como, para que esteja preparado para receber a prótese que, por sua vez, trará uma melhor qualidade de vida para o paciente, além de melhorar sua capacidade funcional, facilitando a readequação deste sujeito no meio social. Por sua vez, a Teoria Cognitivo-Comportamental, auxilia no processo de recuperação dos indivíduos amputados, analisando as dificuldades de autoimagem e como se readaptar diante desta causa.

Joenildo Fonseca Leite



















Nenhum comentário:

Postar um comentário