Por mais que se formulem tratados, acordos, emendas constitucionais, alianças internacionais, nunca o ser humano irá de fato extinguir da face da Terra, a guerra, mal que assola, consome, avassala, estereliza as pessoas.
Vivemos em um mundo conturbado, embora reconheçamos que se trata de uma nova era mundial, firmada em conceitos globalizados, e envolvidos por uma culturalização capitalista, existe uma guerra que transpõe as barreiras geológicas, territoriais, nacionalistas, uma guerra que não inocenta, pelo contrário extirpa todos os conceitos de valores e culturas.
Pergunto-lhe, de todas os conflitos, os desencontros, qual a mais temível de todas as guerras? não é uma guerra química, laboratorial, egocêntrica, uma disputa por um pedaço de terra, um poço de água para saciar a sede dos irracionais.
A pior de todas as guerras, o homem traça consigo mesmo.
Nesta guerra, não se descansa, não dorme, a luta torna-se contínua, por ser um conflito interno, que uma vez gerado percorre o caminho para uma culminância de dois pontos.
Aprender a ver os conflitos como oportunidade de crescimento, experiência que se aprende tendo a si mesmo como campo de lutas.
Porém, como em toda guerra, existe lados opostos, não é diferente com a guerra que traçamos com o nosso eu interior, e neste turbilhão de pólvora, de ideias inúmeras que permeiam a mente em milésimos de segundos, encontramos vítimas.
O equilíbrio emocional, que se deixa esvanecer diante do desequilibrio e surtos romantes, desvaneios inesperados, sonhos ou loucuras.
A razão que se perde em meio a fantasias, desejos reprimidos, ideais confusos, saudosismos ou quem sabe narcisismo.
Mas a primeira vítima dessa batalha interior é a verdade, pois, em momentos de crises existenciais, conflitos interiores, somos induzidos às vezes pela nossa própria mente a criar pseudo soluções, caminhos nublados que aos poucos se tornam em verdadeiras encruzilhadas.
A verdade vai se moldando com as situações, cabendo a cada um individualmente, a não se deixar levar pela guerra interior e mesmo que se encontre nadando contra a maré, não desistir dos seus preceitos, princípios universais, ciente de que com calma, reflexão, firmeza e fé, podemos manter a essência que somos sem nos deixar contaminar pelos momentos inoportunos da vida, fazendo com que a verdade por mais que doa ou nos faça sofrer sempre venha prevalecer, deixando de ser a vítima para se tornar em heroína.
Joenildo Fonseca Leite
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