Abordaremos nesta postagem o que consideramos uma ordenança do Senhor Jesus para nós como igreja a Ceia do Senhor e o seu significado, e que deve ser observada repetidamente por toda vida de um cristão, como sinal de comunhão contínua com Cristo.
A ceia do Senhor: um rito contínuo da igreja. Enquanto o batismo é o rito de iniciação, a ceia do Senhor é o rito continuo da igreja visível. ERICKSON. MILLARD.J.2008 PGS/467)
Ela pode ser definida, em caráter preliminar, como um rito que Cristo mesmo estabeleceu para que a igreja praticasse em comemoração a sua morte. (ERICKSON. MILLARD. J. 2008 PGS/467)
A posição católica romana oficial sobre a ceia do Senhor foi redigida no concilio de Trento (1545-63). Embora muitos católicos, especialmente nos países ocidentais, tenham hoje alguns aspectos dessa concepção, ela ainda fundamenta a fé de grande numero deles. Devemos examinar seus princípios principais.
A transubstanciação é a doutrina de que quando o sacerdote oficiante consagra os elementos, ocorre uma verdadeira mudança metafísica. As substâncias do pão e do vinho –o que de fato são- transformam-se respectivamente na carne e no sangue de Cristo. Note que o que muda é a substância ou a essência, não os acidentes. Assim, o pão se mantém a forma, a textura e o sabor do pão. Mas Cristo por inteiro está plenamente presente em cada uma das partículas da hóstia. Todos os que participam da ceia do Senhor, ou da santa eucaristia, como é denominada, ingerem literalmente o corpo de físico e o sangue de Cristo.
O segundo princípio importante da concepção católica é de que a ceia do Senhor abrange um ato sacrifical. Na missa, um sacrifício real é novamente oferecido por Cristo em favor dos adoradores. É um sacrifício no mesmo sentido em que foi a crucificação.
O terceiro princípio da concepção católica é o sacerdotalismo, a ideia de que um sacerdote devidamente ordenado deve estar presente para consagrar a hóstia. Sem tal sacerdote para oficiar a ceia, os elementos permanecem meros pão e vinho.
Quando, porém, um clérigo qualificado segue a fórmula devida, os elementos são completa e permanentemente transformados no corpo e no sangue de Cristo. No ministrar tradicional do sacramento, o cálice foi afastado dos leigos, sendo tomado apenas pelo clero.
A razão principal era o perigo de o sangue ser derramado. Pois caso o sangue de Jesus fosse pisado, isso seria um sacrilégio. Além disso, havia dois argumentos para sustentar que os leigos não precisavam tomar o cálice. Primeiro, o clero atua de forma representativa em favor do leigo. Segundo, os leigos nada ganham por tomar o cálice. O sacramento é completo sem ele, pois cada partícula, tanto do pão como do vinho, contém, de modo completo, o corpo, a alma e a divindade de Cristo.
A concepção luterana difere da concepção católica romana em muitos pontos, mas não em todos. Lutero manteve a concepção católica de que o corpo e o sangue de Cristo estão fisicamente presentes nos elementos. O que Lutero negou foi a doutrina católica da substanciação.
A concepção luterana difere da concepção católica romana em muitos pontos, mas não em todos. Lutero manteve a concepção católica de que o corpo e o sangue de Cristo estão fisicamente presentes nos elementos. O que Lutero negou foi a doutrina católica da substanciação.
As moléculas não são transformadas em carne e sangue. Mas o corpo e o sangue de Cristo estão presentes “em, com e sob” o pão e o vinho. Não que o pão e o vinho tornem-se corpo e sangue de Cristo, mas que agora temos o corpo e o sangue, além do pão e do vinho. Embora alguns usem o termo consubstanciação para denotar o conceito luterano de que o corpo e o pão estão presentes simultaneamente, que o sangue e o vinho coexistem, esse termo não é de Lutero.
Pensando em uma substância interpretando-se noutra, ele usou como analogia uma barra de ferro aquecida no fogo. A substância do ferro não deixa de existir quando a substância do fogo interpreta-se nele, aquecendo-o até alta temperatura.
Lutero rejeitou outras facetas da concepção católica de missa. Em particular, rejeitou a ideia de que a missa é um sacrifício. Uma vez que Cristo morreu e expirou o pecado de uma vez por todas, e uma vez que o crente é justificado pele fé tendo por base aquele sacrifício único, não há necessidade de repetir sacrifícios. Lutero também rejeitou o sacerdotalismo.
Lutero rejeitou outras facetas da concepção católica de missa. Em particular, rejeitou a ideia de que a missa é um sacrifício. Uma vez que Cristo morreu e expirou o pecado de uma vez por todas, e uma vez que o crente é justificado pele fé tendo por base aquele sacrifício único, não há necessidade de repetir sacrifícios. Lutero também rejeitou o sacerdotalismo.
A presença do corpo e do sangue de Cristo não é uma consequência do poder de Jesus Cristo.
Que dizer do benefício do sacramento? Aqui as posições de Lutero não são tão claras como desejaríamos. Ele insiste que pela participação no sacramento, a pessoa recebe benefício real, perdão dos pecados e confirmação da fé.
Que dizer do benefício do sacramento? Aqui as posições de Lutero não são tão claras como desejaríamos. Ele insiste que pela participação no sacramento, a pessoa recebe benefício real, perdão dos pecados e confirmação da fé.
Esse benefício deve-se, porém, não aos elementos do sacramento, um sermão. Porém, se o sacramento é apenas uma forma de proclamação, qual seria o significado da presença do corpo e do sangue de Cristo? Em outras ocasiões, parece que Lutero sustentava que o benefício vem realmente do ato de comer o corpo de Cristo.
O que fica claro nas declarações de Lutero é que, pelo fato de tomar os elementos, os crentes recebem um benefício espiritual que, de outra forma, não poderiam experimentar.
A terceira concepção importante quanto a Ceia do Senhor é a concepção calvinista ou reformada. Embora o termo calvinismo em geral instale imagens de uma perspectiva especifica da salvação e da iniciativa de Deus nisso, o ato de Deus escolher certas pessoas, decretando que elas crerão e serão salvas, não é isso que temos em mente nesse momento. Antes, estamos nos referindo à concepção calvinista da ceia do Senhor.
A concepção reformada sustenta que Cristo está presente na ceia do Senhor, mas não em forma física ou corpórea. Antes, sua presença no sacramento é espiritual ou dinâmica. Usando o sol como ilustração, Calvino afirmou que Cristo está presente como influência.
A terceira concepção importante quanto a Ceia do Senhor é a concepção calvinista ou reformada. Embora o termo calvinismo em geral instale imagens de uma perspectiva especifica da salvação e da iniciativa de Deus nisso, o ato de Deus escolher certas pessoas, decretando que elas crerão e serão salvas, não é isso que temos em mente nesse momento. Antes, estamos nos referindo à concepção calvinista da ceia do Senhor.
A concepção reformada sustenta que Cristo está presente na ceia do Senhor, mas não em forma física ou corpórea. Antes, sua presença no sacramento é espiritual ou dinâmica. Usando o sol como ilustração, Calvino afirmou que Cristo está presente como influência.
O sol permanece no céu, mas seu calor e luz estão presentes na terra. Assim o resplendor do Espírito nos transmite a comunhão da carne e do sangue de Cristo. De acordo com romanos 8.9-11, é pelo Espírito e apenas pelo Espírito que Cristo habita em nós.
A noção de que realmente que comemos o corpo de Cristo e bebemos o sangue é absurda. Em vez disso, os verdadeiros comungantes são espiritualmente nutridos quando o Espírito Santo lhes da uma relação mais estreita com a pessoa de Cristo.
Além disso, embora os elementos dos sacramentos signifiquem ou representem o corpo e o sangue de Cristo, fazem mais que isso. Eles também selam.
Além disso, embora os elementos dos sacramentos signifiquem ou representem o corpo e o sangue de Cristo, fazem mais que isso. Eles também selam.
Louis Berkhof afirma que a ceia do Senhor sela o amor de Cristo para os crentes, dando-lhes a certeza de que todas as promessas da aliança e as riquezas do evangelho são deles por doação divina. Em troca de um direito pessoal e uma verdadeira posse de toda essa riqueza, os crentes expressam fé em Cristo como Salvador e prestam obediência a ele como Senhor e Rei.
Existe, portanto, um genuíno benefício objetivo de sacramento. Isso não é gerado pelo participante; antes, é trazido para o sacramento pessoalmente por Cristo.
Existe, portanto, um genuíno benefício objetivo de sacramento. Isso não é gerado pelo participante; antes, é trazido para o sacramento pessoalmente por Cristo.
Ao tomar os elementos, o participante de fato recebe o novo, e de modo contínuo, a validade de Cristo. Esse benefício, porém não deve ser considerado automático.
O efeito do sacramento depende em grande parte da fé e da receptividade do participante.
E a concepção zwingliana que vamos examinar é a de que a ceia do Senhor é apenas uma comemoração. Essa concepção costuma ser associada à Ulrich Zwinglio, que destacou a importância do sacramento para relembrar a morte de Cristo e sua eficácia em favor do crente. Assim, a ceia do Senhor é, em essência, uma comemoração da morte de Cristo.
O valor do sacramento está simplesmente em receber pela fé os benefícios da morte de Cristo. Assim, o efeito da ceia do Senhor não é diferente em natureza, digamos, do efeito de um sermão. Ambos são modalidades de proclamação.
E a concepção zwingliana que vamos examinar é a de que a ceia do Senhor é apenas uma comemoração. Essa concepção costuma ser associada à Ulrich Zwinglio, que destacou a importância do sacramento para relembrar a morte de Cristo e sua eficácia em favor do crente. Assim, a ceia do Senhor é, em essência, uma comemoração da morte de Cristo.
O valor do sacramento está simplesmente em receber pela fé os benefícios da morte de Cristo. Assim, o efeito da ceia do Senhor não é diferente em natureza, digamos, do efeito de um sermão. Ambos são modalidades de proclamação.
Em ambos os casos, como em todas as proclamações, existe a essencialidade absoluta da fé para que se possa obter algum benefício. Podemos dizer, portanto, que não se trata tanto de o sacramento trazer Cristo ao comungante, mas de a fé do crente trazer Cristo para o sacramento.
Precisamos questionar as concepções e tentar chegar a uma conclusão, quanto à questão se o corpo e o sangue de Cristo estão presentes nos elementos empregados e em que sentido isso acontece. Vejamos algumas respostas apresentadas:
1 - O pão e o vinho são o corpo e o sangue físico de cristo (concepção católica romana).
2 - O pão e o vinho contêm o corpo e o sangue físico (concepção luterana).
3 - O pão e o vinho contêm espiritualmente o corpo e o sangue (concepção reformada).
4 - Eles representam o corpo e o sangue (concepção zwingliana).
O modo mais simples de entender as palavras de Jesus, “Isto é o meu corpo“ e “Isto é o meu sangue,” é no sentido literal. Neste caso, ocorrem certas considerações que se levantam contra a interpretação literal.
Em primeiro lugar, se tomarmos, “Isto é o meu corpo“ e “Isto é o meu sangue,” literalmente, temos um problema. Se Jesus queria dizer que o pão e o vinho naquele momento, no cenáculo, era sua carne e seu sangue ele estava afirmando, que a sua carne e o seu sangue estavam em dois lugares ao mesmo tempo, uma vez que sua forma corpórea estava logo ali, junto aos elementos. Isso seria uma negação de sua encarnação, que limitava sua natureza física humana a um lugar.
Em segundo lugar, há dificuldades para os que declaram que Cristo está presente corporalmente nas ocorrências subsequentes da ceia do Senhor. Aqui enfrentamos o problema de como duas substâncias (o pão e a carne) podem estar simultaneamente no mesmo lugar (concepção luterana) ou como determinada substância (sangue) pode existir sem nenhuma de suas características habituais (concepção católica).
Se as palavras de Jesus não devem ser tomadas literalmente, o que ele queria dizer com “Isto é o meu corpo” e “Isto é o meu sangue”? Quando Jesus falou essas palavras, ele estava chamando a atenção para seu relacionamento individual com cada crente. Para que viessem a entender o verdadeiro significado o pão representa a carne, ou seja, o corpo de Cristo e o vinho o sangue dEle.
Portanto devemos entender a ceia do Senhor como um momento de comunhão e relacionamento com Cristo.
A ceia do senhor é um lembrete da morte de Cristo e de seu caráter sacrifical em nosso favor, um símbolo de nossa ligação vital com o Senhor e um testemunho de sua segunda vinda. (Erickson.Millard. j.)
É apropriado explicar o significado da ceia do Senhor, que todo aquele que participa deve examinar com cuidado seu entendimento e sua condição espiritual (1ºco 11.27,28).
Lugar algum das Escrituras mencionam o pão e o vinho se tornando literalmente o corpo e o sangue do Senhor na hora em que o partilhamos. Pelo contrário, Jesus deixa claro o caráter simbólico do ato ao dizer: “fazei isto em memória de mim”.
A ceia do Senhor é um momento de recordação do que ele fez por nós ao morrer na cruz para a remissão dos nossos pecados. Quando a celebramos, estamos anunciando a morte do Senhor Jesus até que ele volte! Os elementos são, portanto, figurativos, e não literais.
Os orientais davam muito valor às alianças, e as respeitavam. Quando Jesus institui exatamente o pão e o vinho como os elementos da ceia, ele sabia exatamente o que estava fazendo. Para os judeus, o pão e vinho faziam parte de um ritual de aliança de sangue, o mais alto nível de aliança a que alguém poderia se submeter.
Ao contrair uma aliança deste nível, as duas partes estavam declarando que misturavam suas vidas e tudo o que era de um passava a ser de outro e vice-versa; por isso Jesus declarou na ceia que o cálice era a aliança NO SEU SANGUE, estabelecendo com isso, na ceia, um ritual de aliança.
No Velho Testamento vemos Abraão indo ao encontro de Melquisedeque, sacerdote do Deus altíssimo, e levando pão e vinho. O que era isto? Um ritual de aliança.
Quando ceamos, estamos reconhecendo que realmente estamos ‘aliançados’ com Cristo, e que nossas vidas estão misturadas, fundidas uma na outra (1Co. 6.17).
Jesus deixou bem claro aos que o seguiam que não bastava apenas simpatizar-se com ele ou segui-lo pelos milagres que operava, mas que era necessário aliança, e aliança no mais elevado e sagrado nível que os judeus conheciam: a aliança de sangue.
Muitos não compreendem isto por não conhecer os costumes da época, mas era a este tipo de aliança que Jesus se referia ao proferir estas palavras: “Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue, permanece em mim e eu nele.” (João 6.53-56.)
É óbvio que Jesus não falava sobre comer a carne literalmente, mas sim sobre aliança, sobre mistura de vida; isto fica claro quando o Mestre conclui dizendo que tal pessoa permaneceria nele e ele nesta pessoa. Este texto também não fala diretamente da ceia, mas sim da nossa aliança com Cristo; embora deixe claro qual é figura da ceia: um ritual de aliança no qual testemunhamos comunhão entre nós e o Senhor Jesus Cristo.
No tempo apostólico as ceias eram também chamadas de “ágapes” (ou “festas de amor” – Jd. 12), o que reflete parte de seu propósito. As ênfases na expressão “corpo” que encontramos no ensino bíblico da ceia, reflete esta visão de unidade e comunhão. A mesa é um lugar de comunhão em praticamente quase todas as culturas e épocas, e a mesa do Senhor não deixa de ter também esta característica.
Um ato de consequências espirituais
Na epístola de Paulo aos Coríntios, fica claro que a Ceia do Senhor tem consequências espirituais; ela será sempre um momento de bênção ou de maldição para os que dela participam.
Bênção: “Porventura o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo?” (1Co. 10.16.)
Observe o termo “cálice da bênção”. Isto não é figurado, é real. A Ceia do Senhor traz bênçãos espirituais sobre aqueles que dela participam.
Um outro termo empregado neste versículo, que nos revela algo importante, é “comunhão”; quando ceamos, estamos pela fé acionando um poderoso princípio, temos comunhão com o sangue e com o corpo de Cristo! O que isto significa?
Quando derramou seu sangue, Jesus o fez para a remissão de nossos pecados, logo, ao comungarmos o sangue, estamos provando que tipo de bênçãos? A purificação, e também a proteção, pois o diabo não pode transpor o poder do sangue para nos tocar (Ex. 12.23; Ap. 12.12).
E o que significa ter comunhão com o corpo? O corpo de Jesus foi moído porque ele tomou sobre si nossas enfermidades, e as nossas dores carregou sobre si, e pelas suas feridas fomos sarados (Is. 53.4-5).
A obra redentora de Cristo nos proporciona cura física, e na Ceia do Senhor é um momento no qual podemos provar a bênção da saúde e da cura. Muitos estavam fracos e doentes na igreja de Corinto por não discernirem o corpo do Senhor na Ceia.
Ao falar sobre comungarem com o corpo do Senhor, Paulo se referia não apenas ao corpo do Cristo crucificado por meio do qual somos sarados, mas também ao corpo ressurreto, no qual habita toda a plenitude da divindade e é fonte de vida aos que com ele comungam.
A Ceia do Senhor deve ser um momento especial de comunhão, reflexão, devoção, fé, e adoração. Tudo deve ser feito de coração e com reverência, pois é um ato de consequências espirituais.
Maldição. A Bíblia não usa especificamente esta palavra, mas mostra que a maldição pode vir como um juízo de Deus para quem desonra a Ceia do Senhor. Depois de ter dito que ao participar da mesa do Senhor a pessoa está anunciando a morte de Jesus até que ele venha, Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, traz a seguinte advertência: “Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice, pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão porque há entre vós muitos fracos e doentes, e não poucos que dormem. Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” (1Co. 11.27-32.)
Para muitas pessoas, a Ceia é algo que as amedronta; preferem não participar dela quando não se sentem dignas, para não serem julgadas. Mas veja que a Bíblia não nos manda deixar de tomar, e sim fazer um autoexame antes, pois se houver necessidade de acerto devemos fazê-lo o mais depressa possível (1João. 1.9).
Deixar de participar da mesa do Senhor é desonrá-la também! Devemos ansiar pelo momento em que dela partilharemos, e não evitá-la. Mas há aqueles que querem fingir que estão bem, e participam sem escrúpulo algum do que é sagrado; para estes, não tardará o juízo.
Participar da mesa do Senhor tem consequências espirituais; ou o cristão é abençoado ou é amaldiçoado. Não há meio termo; a refeição não é apenas um simbolismo; não se participa da Ceia do Senhor como se participa de uma cerimônia qualquer, pois é um momento santificado por Deus e de implicações no reino espiritual.
A Bíblia não nos fornece o tipo de pessoa que deve ministrar a ceia do Senhor. O que aparece nos relatos dos evangelhos e que a ceia do Senhor foi confiada à igreja, e o que se presume deve ser ministrada por ela, nada mais justo quem deve ministrar a ceia do Senhor são as pessoas empossadas pela igreja para supervisionar e dirigir seus cultos ex: pastores, evangelistas, presbíteros ou cooperadores.
Em parte alguma da Bíblia se encontra os pré-requisitos para que receba ou participa da ceia do Senhor, podemos dizer se a ceia do Senhor é um relacionamento espiritual entre a pessoa e Deus, a pessoa que participa da Ceia do Senhor deve crer genuinamente em Jesus Cristo, e ser maduro o suficiente para discernir o corpo (1Co11.29).
Ceia, como ritual de aliança que é, destina-se, portanto, aos que já se encontram em aliança com Cristo; ou seja, aos que já nasceram de novo e estão em plena comunhão com Deus. Há igrejas que só servem a Ceia para quem pertence ao seu rol de membros; consideramos isto um grande erro, pois a Ceia do Senhor é para quem o serve de todo coração, independentemente de tal pessoa congregar em nossa igreja local ou não; se a pessoa faz parte do Corpo de Cristo na terra, então deve participar da mesa.
Os critérios básicos são: estar ‘aliançado’ com Cristo, e com vida espiritual em ordem. Contudo, não proibimos ninguém de participar, apenas ensinamos o que a Bíblia diz, para que cada pessoa julgue-se a si mesma. Nem Judas Iscariotes, em pecado e endemoninhado, foi proibido por Jesus de participar da Ceia (Lc. 22.3,21).
A instrução bíblica é que a pessoa se examine a si mesma, e não que seja examinada pelos outros. Portanto, não examinamos ninguém, nem as proibimos, só as instruímos. Se a pessoa insistir em participar de forma indigna colherá o juízo divino.
Quanto a questão dos elementos, depende de quem está ministrando a ceia do Senhor, basta pão sem fermento ou levedado e o suco de uva para trazer à memória a morte de Cristo no âmbito mais original possível.
Quanto à frequência não encontramos na Bíblia, nem temos uma indicação prática e precisa adotada pela igreja primitiva, apesar de que é provável que tenha sido semanal, ou seja, todas as vezes que a igreja se reunia, mas também não deve ter um intervalo muito longo para se ministra a ceia do Senhor.
A ceia do Senhor foi instituída pelo Senhor Jesus, na noite de 15 de nisã, na quinta para a sexta-feira da semana da Páscoa.
Os nomes dados a Ceia do Senhor: Santa Ceia, Sacramento, comunhão, e talvez outros.
Temos pelo menos quatro escolas de interpretação da Ceia:
1 – Transubstanciação - Da igreja Romana. O pão, nas mãos do sacerdote, se transforma em corpo e sangue do Senhor Jesus. Quando o católico engole a hóstia, ele devora o Filho de Deus, uma espécie de teofagia.
2 - Consubstanciação – É de Lutero. O pão é mesmo pão, e o vinho é vinho mesmo, mas uma vez consagrados, e o fiel os tomando, de alguma maneira eles se transformam em Jesus, o Filho de Deus.
3 - Graça inerente – de Calvino: pão é pão mesmo, vinho é vinho mesmo, mas ao comermos recebemos uma certa “graça”.
4 - Memorial – Em Lucas 22 e 1Coríntios 11, a ordem do Senhor Jesus é “Fazei isto em memória de Mim”. No pão recordamos o corpo do Senhor. Partido no madeiro e no vinho, o sangue de Jesus vertido na cruz em nosso lugar.
Não há um lugar determinado para se realizar a Ceia, onde quer que estejam reunidos os cristãos ela poderá ser feita.
No livro de Atos, lemos que o pão era partido de casa em casa (Atos 2.46), mas Paulo ao usar as seguintes palavras: (…) “quando vos reunis na igreja” e “se alguém tem fome coma em casa…” (1Co. 11.18, 34); revela que na cidade de Corinto a Ceia era praticada também num local maior de reunião para toda a igreja.
Portanto, como nos reunimos no templo e nas casas, à semelhança dos dias do Novo Testamento, também praticamos a Ceia do Senhor nos dois locais de reunião, sendo que a maior incidência se dá no templo quando reunimos todo o corpo local.
Entendemos que não há uma periodicidade definida pela Bíblia quanto à celebração da Ceia; Jesus apenas disse: (…) “fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim” (1Co. 11.25b).
Esta expressão “todas as vezes que” nos dá liberdade de fazermos quando quisermos, mas sempre em memória do Senhor Jesus Cristo.
Celebramos a Ceia mensalmente no templo, e não temos periodicidade definida nas casas.
No templo ela é celebrada pelo presbitério, que normalmente se serve dos diáconos para que ajudem na distribuição; já nas casas, ela é celebrada pelos líderes e auxiliares com a autorização do presbitério.
Na igreja primitiva, quando celebrada nas casas, a Ceia do Senhor era também chamada de “ágape” ou festa de amor. Os irmãos se reuniam para ter comunhão ao redor da mesa, onde tomavam suas refeições juntos; e juntamente com as refeições celebravam a Santa Ceia.
Fica aqui o meu particular significado da Ceia do Senhor: A Ceia do Senhor é um memorial da morte e ressurreição de Jesus Cristo meu Senhor e salvador como está escrito em Mateus (26.26-30), e em (1Cor11.23).
BIBLIOGRAFIAS
1 - BÍBLIA, Sagrada. King James edição de estudo. Novo Testamento 1º edição 2007
2 - ERICKSON. MILLARD. J. Introdução á teologia Sistemática. Editora Vida Nova2008.
3 - GRUDEM. Wayne. Teologia Sistemática Atual e Exaustiva. Editora vida nova. São Paulo, 2009
4 - FILLION, Louis-Claude. Enciclopédia da vida de Jesus. Editora Central Gospel, 2º edição2008
5 - TOGNINI, Enéas. Eclesiologia A doutrina da Igreja. Arte Editorial, 2010.
Precisamos questionar as concepções e tentar chegar a uma conclusão, quanto à questão se o corpo e o sangue de Cristo estão presentes nos elementos empregados e em que sentido isso acontece. Vejamos algumas respostas apresentadas:
1 - O pão e o vinho são o corpo e o sangue físico de cristo (concepção católica romana).
2 - O pão e o vinho contêm o corpo e o sangue físico (concepção luterana).
3 - O pão e o vinho contêm espiritualmente o corpo e o sangue (concepção reformada).
4 - Eles representam o corpo e o sangue (concepção zwingliana).
O modo mais simples de entender as palavras de Jesus, “Isto é o meu corpo“ e “Isto é o meu sangue,” é no sentido literal. Neste caso, ocorrem certas considerações que se levantam contra a interpretação literal.
Em primeiro lugar, se tomarmos, “Isto é o meu corpo“ e “Isto é o meu sangue,” literalmente, temos um problema. Se Jesus queria dizer que o pão e o vinho naquele momento, no cenáculo, era sua carne e seu sangue ele estava afirmando, que a sua carne e o seu sangue estavam em dois lugares ao mesmo tempo, uma vez que sua forma corpórea estava logo ali, junto aos elementos. Isso seria uma negação de sua encarnação, que limitava sua natureza física humana a um lugar.
Em segundo lugar, há dificuldades para os que declaram que Cristo está presente corporalmente nas ocorrências subsequentes da ceia do Senhor. Aqui enfrentamos o problema de como duas substâncias (o pão e a carne) podem estar simultaneamente no mesmo lugar (concepção luterana) ou como determinada substância (sangue) pode existir sem nenhuma de suas características habituais (concepção católica).
Se as palavras de Jesus não devem ser tomadas literalmente, o que ele queria dizer com “Isto é o meu corpo” e “Isto é o meu sangue”? Quando Jesus falou essas palavras, ele estava chamando a atenção para seu relacionamento individual com cada crente. Para que viessem a entender o verdadeiro significado o pão representa a carne, ou seja, o corpo de Cristo e o vinho o sangue dEle.
Portanto devemos entender a ceia do Senhor como um momento de comunhão e relacionamento com Cristo.
A ceia do senhor é um lembrete da morte de Cristo e de seu caráter sacrifical em nosso favor, um símbolo de nossa ligação vital com o Senhor e um testemunho de sua segunda vinda. (Erickson.Millard. j.)
É apropriado explicar o significado da ceia do Senhor, que todo aquele que participa deve examinar com cuidado seu entendimento e sua condição espiritual (1ºco 11.27,28).
Lugar algum das Escrituras mencionam o pão e o vinho se tornando literalmente o corpo e o sangue do Senhor na hora em que o partilhamos. Pelo contrário, Jesus deixa claro o caráter simbólico do ato ao dizer: “fazei isto em memória de mim”.
A ceia do Senhor é um momento de recordação do que ele fez por nós ao morrer na cruz para a remissão dos nossos pecados. Quando a celebramos, estamos anunciando a morte do Senhor Jesus até que ele volte! Os elementos são, portanto, figurativos, e não literais.
Os orientais davam muito valor às alianças, e as respeitavam. Quando Jesus institui exatamente o pão e o vinho como os elementos da ceia, ele sabia exatamente o que estava fazendo. Para os judeus, o pão e vinho faziam parte de um ritual de aliança de sangue, o mais alto nível de aliança a que alguém poderia se submeter.
Ao contrair uma aliança deste nível, as duas partes estavam declarando que misturavam suas vidas e tudo o que era de um passava a ser de outro e vice-versa; por isso Jesus declarou na ceia que o cálice era a aliança NO SEU SANGUE, estabelecendo com isso, na ceia, um ritual de aliança.
No Velho Testamento vemos Abraão indo ao encontro de Melquisedeque, sacerdote do Deus altíssimo, e levando pão e vinho. O que era isto? Um ritual de aliança.
Quando ceamos, estamos reconhecendo que realmente estamos ‘aliançados’ com Cristo, e que nossas vidas estão misturadas, fundidas uma na outra (1Co. 6.17).
Jesus deixou bem claro aos que o seguiam que não bastava apenas simpatizar-se com ele ou segui-lo pelos milagres que operava, mas que era necessário aliança, e aliança no mais elevado e sagrado nível que os judeus conheciam: a aliança de sangue.
Muitos não compreendem isto por não conhecer os costumes da época, mas era a este tipo de aliança que Jesus se referia ao proferir estas palavras: “Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e meu sangue é verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue, permanece em mim e eu nele.” (João 6.53-56.)
É óbvio que Jesus não falava sobre comer a carne literalmente, mas sim sobre aliança, sobre mistura de vida; isto fica claro quando o Mestre conclui dizendo que tal pessoa permaneceria nele e ele nesta pessoa. Este texto também não fala diretamente da ceia, mas sim da nossa aliança com Cristo; embora deixe claro qual é figura da ceia: um ritual de aliança no qual testemunhamos comunhão entre nós e o Senhor Jesus Cristo.
No tempo apostólico as ceias eram também chamadas de “ágapes” (ou “festas de amor” – Jd. 12), o que reflete parte de seu propósito. As ênfases na expressão “corpo” que encontramos no ensino bíblico da ceia, reflete esta visão de unidade e comunhão. A mesa é um lugar de comunhão em praticamente quase todas as culturas e épocas, e a mesa do Senhor não deixa de ter também esta característica.
Um ato de consequências espirituais
Na epístola de Paulo aos Coríntios, fica claro que a Ceia do Senhor tem consequências espirituais; ela será sempre um momento de bênção ou de maldição para os que dela participam.
Bênção: “Porventura o cálice da bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo?” (1Co. 10.16.)
Observe o termo “cálice da bênção”. Isto não é figurado, é real. A Ceia do Senhor traz bênçãos espirituais sobre aqueles que dela participam.
Um outro termo empregado neste versículo, que nos revela algo importante, é “comunhão”; quando ceamos, estamos pela fé acionando um poderoso princípio, temos comunhão com o sangue e com o corpo de Cristo! O que isto significa?
Quando derramou seu sangue, Jesus o fez para a remissão de nossos pecados, logo, ao comungarmos o sangue, estamos provando que tipo de bênçãos? A purificação, e também a proteção, pois o diabo não pode transpor o poder do sangue para nos tocar (Ex. 12.23; Ap. 12.12).
E o que significa ter comunhão com o corpo? O corpo de Jesus foi moído porque ele tomou sobre si nossas enfermidades, e as nossas dores carregou sobre si, e pelas suas feridas fomos sarados (Is. 53.4-5).
A obra redentora de Cristo nos proporciona cura física, e na Ceia do Senhor é um momento no qual podemos provar a bênção da saúde e da cura. Muitos estavam fracos e doentes na igreja de Corinto por não discernirem o corpo do Senhor na Ceia.
Ao falar sobre comungarem com o corpo do Senhor, Paulo se referia não apenas ao corpo do Cristo crucificado por meio do qual somos sarados, mas também ao corpo ressurreto, no qual habita toda a plenitude da divindade e é fonte de vida aos que com ele comungam.
A Ceia do Senhor deve ser um momento especial de comunhão, reflexão, devoção, fé, e adoração. Tudo deve ser feito de coração e com reverência, pois é um ato de consequências espirituais.
Maldição. A Bíblia não usa especificamente esta palavra, mas mostra que a maldição pode vir como um juízo de Deus para quem desonra a Ceia do Senhor. Depois de ter dito que ao participar da mesa do Senhor a pessoa está anunciando a morte de Jesus até que ele venha, Paulo, inspirado pelo Espírito Santo, traz a seguinte advertência: “Por isso, aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice, pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão porque há entre vós muitos fracos e doentes, e não poucos que dormem. Porque, se nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” (1Co. 11.27-32.)
Para muitas pessoas, a Ceia é algo que as amedronta; preferem não participar dela quando não se sentem dignas, para não serem julgadas. Mas veja que a Bíblia não nos manda deixar de tomar, e sim fazer um autoexame antes, pois se houver necessidade de acerto devemos fazê-lo o mais depressa possível (1João. 1.9).
Deixar de participar da mesa do Senhor é desonrá-la também! Devemos ansiar pelo momento em que dela partilharemos, e não evitá-la. Mas há aqueles que querem fingir que estão bem, e participam sem escrúpulo algum do que é sagrado; para estes, não tardará o juízo.
Participar da mesa do Senhor tem consequências espirituais; ou o cristão é abençoado ou é amaldiçoado. Não há meio termo; a refeição não é apenas um simbolismo; não se participa da Ceia do Senhor como se participa de uma cerimônia qualquer, pois é um momento santificado por Deus e de implicações no reino espiritual.
A Bíblia não nos fornece o tipo de pessoa que deve ministrar a ceia do Senhor. O que aparece nos relatos dos evangelhos e que a ceia do Senhor foi confiada à igreja, e o que se presume deve ser ministrada por ela, nada mais justo quem deve ministrar a ceia do Senhor são as pessoas empossadas pela igreja para supervisionar e dirigir seus cultos ex: pastores, evangelistas, presbíteros ou cooperadores.
Em parte alguma da Bíblia se encontra os pré-requisitos para que receba ou participa da ceia do Senhor, podemos dizer se a ceia do Senhor é um relacionamento espiritual entre a pessoa e Deus, a pessoa que participa da Ceia do Senhor deve crer genuinamente em Jesus Cristo, e ser maduro o suficiente para discernir o corpo (1Co11.29).
Ceia, como ritual de aliança que é, destina-se, portanto, aos que já se encontram em aliança com Cristo; ou seja, aos que já nasceram de novo e estão em plena comunhão com Deus. Há igrejas que só servem a Ceia para quem pertence ao seu rol de membros; consideramos isto um grande erro, pois a Ceia do Senhor é para quem o serve de todo coração, independentemente de tal pessoa congregar em nossa igreja local ou não; se a pessoa faz parte do Corpo de Cristo na terra, então deve participar da mesa.
Os critérios básicos são: estar ‘aliançado’ com Cristo, e com vida espiritual em ordem. Contudo, não proibimos ninguém de participar, apenas ensinamos o que a Bíblia diz, para que cada pessoa julgue-se a si mesma. Nem Judas Iscariotes, em pecado e endemoninhado, foi proibido por Jesus de participar da Ceia (Lc. 22.3,21).
A instrução bíblica é que a pessoa se examine a si mesma, e não que seja examinada pelos outros. Portanto, não examinamos ninguém, nem as proibimos, só as instruímos. Se a pessoa insistir em participar de forma indigna colherá o juízo divino.
Quanto a questão dos elementos, depende de quem está ministrando a ceia do Senhor, basta pão sem fermento ou levedado e o suco de uva para trazer à memória a morte de Cristo no âmbito mais original possível.
Quanto à frequência não encontramos na Bíblia, nem temos uma indicação prática e precisa adotada pela igreja primitiva, apesar de que é provável que tenha sido semanal, ou seja, todas as vezes que a igreja se reunia, mas também não deve ter um intervalo muito longo para se ministra a ceia do Senhor.
A ceia do Senhor foi instituída pelo Senhor Jesus, na noite de 15 de nisã, na quinta para a sexta-feira da semana da Páscoa.
Os nomes dados a Ceia do Senhor: Santa Ceia, Sacramento, comunhão, e talvez outros.
Temos pelo menos quatro escolas de interpretação da Ceia:
1 – Transubstanciação - Da igreja Romana. O pão, nas mãos do sacerdote, se transforma em corpo e sangue do Senhor Jesus. Quando o católico engole a hóstia, ele devora o Filho de Deus, uma espécie de teofagia.
2 - Consubstanciação – É de Lutero. O pão é mesmo pão, e o vinho é vinho mesmo, mas uma vez consagrados, e o fiel os tomando, de alguma maneira eles se transformam em Jesus, o Filho de Deus.
3 - Graça inerente – de Calvino: pão é pão mesmo, vinho é vinho mesmo, mas ao comermos recebemos uma certa “graça”.
4 - Memorial – Em Lucas 22 e 1Coríntios 11, a ordem do Senhor Jesus é “Fazei isto em memória de Mim”. No pão recordamos o corpo do Senhor. Partido no madeiro e no vinho, o sangue de Jesus vertido na cruz em nosso lugar.
Não há um lugar determinado para se realizar a Ceia, onde quer que estejam reunidos os cristãos ela poderá ser feita.
No livro de Atos, lemos que o pão era partido de casa em casa (Atos 2.46), mas Paulo ao usar as seguintes palavras: (…) “quando vos reunis na igreja” e “se alguém tem fome coma em casa…” (1Co. 11.18, 34); revela que na cidade de Corinto a Ceia era praticada também num local maior de reunião para toda a igreja.
Portanto, como nos reunimos no templo e nas casas, à semelhança dos dias do Novo Testamento, também praticamos a Ceia do Senhor nos dois locais de reunião, sendo que a maior incidência se dá no templo quando reunimos todo o corpo local.
Entendemos que não há uma periodicidade definida pela Bíblia quanto à celebração da Ceia; Jesus apenas disse: (…) “fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim” (1Co. 11.25b).
Esta expressão “todas as vezes que” nos dá liberdade de fazermos quando quisermos, mas sempre em memória do Senhor Jesus Cristo.
Celebramos a Ceia mensalmente no templo, e não temos periodicidade definida nas casas.
No templo ela é celebrada pelo presbitério, que normalmente se serve dos diáconos para que ajudem na distribuição; já nas casas, ela é celebrada pelos líderes e auxiliares com a autorização do presbitério.
Na igreja primitiva, quando celebrada nas casas, a Ceia do Senhor era também chamada de “ágape” ou festa de amor. Os irmãos se reuniam para ter comunhão ao redor da mesa, onde tomavam suas refeições juntos; e juntamente com as refeições celebravam a Santa Ceia.
Fica aqui o meu particular significado da Ceia do Senhor: A Ceia do Senhor é um memorial da morte e ressurreição de Jesus Cristo meu Senhor e salvador como está escrito em Mateus (26.26-30), e em (1Cor11.23).
BIBLIOGRAFIAS
1 - BÍBLIA, Sagrada. King James edição de estudo. Novo Testamento 1º edição 2007
2 - ERICKSON. MILLARD. J. Introdução á teologia Sistemática. Editora Vida Nova2008.
3 - GRUDEM. Wayne. Teologia Sistemática Atual e Exaustiva. Editora vida nova. São Paulo, 2009
4 - FILLION, Louis-Claude. Enciclopédia da vida de Jesus. Editora Central Gospel, 2º edição2008
5 - TOGNINI, Enéas. Eclesiologia A doutrina da Igreja. Arte Editorial, 2010.
Nenhum comentário:
Postar um comentário