7 de abr. de 2020

ENSINO RELIGIOSO: A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA E A RELIGIÃO


CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA
Art. 5º, inciso VI
“É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias”.

Por que temos religião?
Ora, temos religião porque somos seres humanos, e porque respiramos. Ou então:
Temos religião porque o Criador determinou que tivéssemos, e é nosso dever seguir a Sua vontade.
Ou ainda: Temos religião porque é ela quem nos liga de novo e sempre ao Criador, e é por isso que se chama religião.
Ou porque acreditamos que a religião é o maior de todos os meios para a Paz no mundo e o contentamento para todos os que nele habitam.
Ou, simplificando: Temos religião porque assim decidimos, porque está entre os nossos direitos sagrados e humanos ter ou não ter religião, e não cabe aos homens, nem aos governos exigirem que tenhamos esta ou aquela, ou que não tenhamos nenhuma. Este é um assunto meu, entre a minha consciência, entre o meu espírito e o Criador. O que cabe aos outros seres humanos, aos meus irmãos e irmãs, é respeitar a minha escolha. O que cabe aos governos é garantir a minha liberdade de escolha.
A liberdade religiosa é tão importante para todos nós que está entre os direitos fundamentais do homem, merecendo referência específica tanto na Declaração Universal dos Direitos Humanos (artigo XVIII), assinada em 1948, quanto na Constituição Brasileira (artigo 5º, inciso VI), promulgada em 1988.
É fundamental, mas, ao mesmo tempo, tão desrespeitada a liberdade religiosa no mundo inteiro que em vários momentos da história os líderes espirituais e religiosos se reúnem para firmar um compromisso pela Paz, como fizeram no ano 2000, em Nova York.
Mas o primeiro evento inter-religioso oficial aconteceu ainda no século XIX, em 1893, em Chicago, com a participação de líderes de apenas 16 religiões.
Em 2004, em Barcelona, já eram centenas as religiões presentes ao encontro promovido pelo Parlamento das Religiões do Mundo. Além do Parlamento, também a Iniciativa das Religiões Unidas (URI) se dedica ao diálogo inter-religioso no mundo, aos Direitos Humanos e à cultura da Paz, reunindo 88 tradições espirituais.
No Brasil, a liberdade religiosa também é tão fundamental e desrespeitada que há sempre homens e mulheres de boa vontade e diferentes crenças trabalhando juntos ou em tantos outros movimentos que reúnem católicos, evangélicos, representantes indígenas e das religiões afro-brasileiras, muçulmanos, judeus, taoístas, espiritualistas, budistas, hinduístas, xintoístas, esotéricos… Todos unidos por uma causa justa: combater a discriminação e a intolerância e lutar por melhores condições de vida para todos.
Ao final da IX Conferência Nacional de Direitos Humanos (Brasília, 2004), representantes dos diversos setores religiosos do Brasil assinaram o seguinte documento:
“Declaramos a necessidade de se buscar, por meio do diálogo inter-religioso, a valorização do ser enquanto sujeito de sua própria história, independente de credo religioso. Somos unânimes em repudiar qualquer ato de perseguição e intolerância religiosa.”
É fundamental que o diálogo entre as religiões, em defesa dos Direitos Humanos, no Brasil e no mundo, seja sempre ampliado. Porque no exato momento há um ser humano sofrendo algum tipo de discriminação, perseguição ou até mesmo violência física, no Brasil e no mundo, numa pequena cidade do interior, numa aldeia ou numa metrópole – pelo simples fato de pensar e agir de acordo com sua crença. E aqueles que discriminam, perseguem e praticam violência contra seu semelhante dirão agir assim em nome do Ser em que acreditam. Quando, na verdade, o Criador quer exatamente o contrário: que seus filhos e filhas vivam em Paz, como irmãos e irmãs.

Somos Humanidade. Desde o princípio das eras, temos indissolúvel ligação neste mundo. Somos, portanto, muçulmanos, xintoístas, católicos, bramanistas, budistas, protestantes, judeus, espíritas, esotéricos, agnósticos, umbandistas, ateus... Somos, por fim, Seres Humanos!” Legião da Boa Vontade
“A meta última da religião é o amor. Todas as religiões e crenças são consequentemente válidas, e sua aceitação tem de ser baseada na liberdade e numa opção consciente e espontânea. De outra forma, a religião não teria como meta o amor.” Hinduísmo
“Ter liberdade de religião, de pensamento é um dos pressupostos básicos (…) Como luteranos, entendemos os malefícios da discriminação, tendo em vista que Martinho Lutero, que iniciou a Reforma da igreja na Alemanha, foi severamente discriminado devido às suas convicções”. Igreja Evangélica Luterana do Brasil
“O sol que veio à Terra para todos iluminar / não tem bonito e nem feio / ele ilumina todos iguais” Santo Daime

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