Alguns já a puseram a trabalhar, fazendo com que a construção da existência se solidifique sobre a Rocha, se tornando cada vez mais firme, respeitando seus espaços, suas linhas, suas medidas, seu prumo e seu nível, cientes que a cada dia se constroi a vida como um verdadeiro templo, não com ostentações externas, o que levaríamos a uma cultura excêntrica e viciosa, mas um templo interno, onde nossos pensamentos, ações, inquietudes, desejos e responsabilidades são avaliados a cada instante por aquele que nos rege, nos guia, nos concede sabedoria e beleza, o Arquiteto de todo o Universo, Deus.
Mas, há aqueles que mesmo sendo orientados sobre a evolução do homem a cadaa dia, como uma jornada em que a cada passo dado é uma conquista, uma vitória, um degrau subido, ainda permanecem à beira do caminho, em uma verdadeira inércia, não havendo nada que os faça mover.
Por mais que os instrua com perseverança, amor, caridade, seus olhos continuam cegos, seus ouvidos tampados e seus lábios proclamam misérias, imperfeições, invejas, se tornando a cada instante como uma casa mal construída, com um telhado imperfeito com a presença de inúmeras goteiras.
No entanto, mesmo assim, cabe a cada um de nós como verdadeiros irmãos, unidos pelo vínculo da fé, do amor, e de inúmeras outras virtudes, trabalhar o nosso eu interior, dentro do nosso micro cosmos, buscando revelar-nos no universo, em união, como pedras unidas pelo cimento da argamassa espiritual, na construção do templo maior, mesmo com imperfeições, mas, caminhando para a perfeição, pedras angulares, polidas, alicerces que revelam não apenas a base universal, como demonstram ser também colunas que brilham com força e vigor a senda da vida humana.
Cabe a nós antes de imaginar em rotular, pre julgar, e até mesmo julgar, lembrarmos que nossas palavras são como maçãs de ouro em bandeja de prata, conforme diz as Escrituras, ou seja, devemos vigiar para que não nos tornemos escravos de palavra mal ditas, impensadas; que em Cristo, encontramos o exemplo de humildade, perdão, amor, o qual nos revela uma nova palavra de misericórdia e compaixão, lavrada não apenas em madeira como de acácia, lavrada na tábua do nosso coração.
Assim devemos antes de tudo procurar fazer ao próximo o que gostaríamos que se fizesse a nós.
Pois, não vivamos mais nós mesmos, mas Cristo, INRI, Jesus, vive em nós e nos tornamos seu templo espiritual.
Joenildo Fonseca Leite
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