A palavra emoção vem do
termo em latim emovere, que
significa energia em movimento. Isso significa que toda emoção existe para
movimentar a vida do indivíduo e mudar comportamentos e situações que estão em
desequilíbrio. As emoções são resultantes de um conjunto de respostas químicas
baseadas nas memórias emocionais de cada um, e surgem a partir das rotas
neurais e hormonais geradas quando o cérebro recebe um estímulo externo.
A
principal função das emoções é gerar comportamentos que garantam a
sobrevivência do indivíduo diante de um estímulo externo, seja para proteger ou
impulsioná-lo a realizar algo.
A raiva, por exemplo, é uma energia responsável
por impulsionar o indivíduo a agir para superar as dificuldades de forma
construtiva ou destrutiva. Expectativas e desejos frustrados são os principais
causadores desse sentimento, que é muito importante para que indivíduo reaja às
situações que estão prejudicando sua vida.
Todos
os indivíduos estão suscetíveis a sentir raiva, uma vez que o ser humano
estabelece relações afetivas em todas as esferas da vida e tende a criar muitas
expectativas. Quando as expectativas não são atendidas, a frustração e a raiva podem
se manifestar.
Uma única emoção pode gerar esses diversos tipos de reação porque o
cérebro possui uma estrutura chamada sistema límbico, que é responsável pelas
emoções e sentimentos.
Quando recebe um estímulo, o sistema límbico envia
mensagens para o cérebro, produzindo e criando um estado emocional. Quanto mais
frequente for a realização de um estímulo, mais habituado o organismo se
tornará a determinadas substâncias, deixando o corpo “viciado” em determinada
emoção.
Não há nada de errado em sentir
raiva – é natural ficar aborrecido de vez em quando. Mas manter a raiva é uma
reação terrível para você e seu corpo. A raiva é uma forma de estresse
emocional, que faz o corpo liberar adrenalina e outros hormônios. Um dos efeitos
destes hormônios do “estresse” é elevar a glicemia. Além disso, o estresse pode
fazê-lo procurar maus hábitos compensatórios, como comer alimentos gordurosos e
calóricos, piorando a situação.
E tem mais: deixar a raiva
acumulada ainda pode prejudicar o coração!
Se você fica irritado mas é capaz
de se livrar do sentimento, tudo bem. No entanto, agora os cientistas
sabem que se apegar à raiva faz a pressão arterial subir. Um estudo recente
descobriu que quem cultiva a raiva e o ódio também apresenta níveis elevados de
endotelina, uma substância que desencadeia infartos ao fazer placas existentes
nas artérias se romperem e formarem coágulos sanguíneos. Outra pesquisa
descobriu ainda que a raiva intensa e mantida por longo tempo pode causar
arritmia cardíaca – e até uma parada cardíaca.
A raiva que
dura o dia todo pode ser tóxica. Portanto descubra um jeito de se livrar dela.
Se um amigo ou familiar aborrecer você, diga a ele. Ou dê um grito pela janela
– faça qualquer coisa que o ajude a liberar a pressão.
Para que você mantenha a saúde
física e emocional é importante não reprimir suas emoções. A
raiva com certeza é algo que você deve expressar, mas de maneira que as pessoas
ao seu redor, amigos, familiares e colegas, não sejam machucados por suas
palavras de maneira prejudicial. A raiva em excesso,
independente se você estiver certo ou errado em senti-la, traz problemas de
saúde significantes.
Não é a toa que muitas pessoas sofram de gastrites e outros problemas no
estômago por conta da raiva. Isso ocorre porque momentos de extrema exaltação
bloqueiam a liberação de substâncias químicas necessárias para uma digestão
saudável, e liberam ácidos estomacais que podem irritar úlceras já existentes,
levando a diarreia, constipação e cólicas.
Quando você está nervoso, seus músculos se contraem de tal forma que
você pode chegar ao ponto de sentir dores como se tivesse feito exercícios
físicos. Para aliviar essa tensão, experimente respirar profundamente
com o diafragma. Massagens
terapêuticas e acupuntura também são alternativas que podem aliviar
e relaxar músculos contraídos pela raiva.
Dependendo da pessoa, a raiva pode provocar uma variedade de reações
fisiológicas, desenvolvendo problemas como dores de cabeça e enxaquecas,
palpitações cardíacas e formigamento nas mãos e pés. O maxilar cerrado,
mudanças hormonais e desidratação também são outros efeitos prejudiciais que
podem ser uma resposta do seu corpo para a raiva.
Mais uma vez a substância cortisol está presente para bagunçar seu corpo.
Além de prejudicar o coração, ela também pode criar depósitos de gordura em seu abdômen, levando ao aumento do peso. Além disso,
cientistas já relacionaram a raiva reprimida com transtornos alimentares como a
bulimia e anorexia, especialmente em adolescentes.
Aprender a controlar
sua raiva, e consequentemente a quantidade de adrenalina que seu corpo
produz, pode reduzir as probabilidades de um derrame ocorrer.
Quando você perde o controle de seus sentimentos e deixa a raiva dominar
suas ações e, principalmente, reações, as pessoas ao seu redor se machucam por
conta de suas palavras e atitudes. Por mais que você esteja certo em suas
colocações, isso não significa que tem liberdade para ser desrespeitoso e mal
educado. Cuide das pessoas ao seu redor como gostaria que elas cuidassem de
você.
A raiva pode gerar rancor e mágoas no indivíduo, desencadeando até
quadros de estresse, depressão e ansiedade.
Quando bem canalizada, a raiva pode ser uma propulsora de mudanças
significativas para o ser humano.
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