Joenildo Fonseca Leite
Dicas de oratória que
podem ser o divisor de águas no êxito da sua apresentação.
A
preparação vai te dar a confiança e segurança necessária para a explanação de
uma boa matéria.
Mas como fazer isso?
·
Reserve
tempo para analisar a matéria que irá falar;
·
Estude
o seu esboço, ou pauta;
·
Analise
os pontos principais que você poderá destacar;
·
Desenvolva
uma matéria atual que irá contagiar os seus ouvintes;
·
Treine
o que vai dizer em voz alta.
Normalmente,
um orador ou palestrante recebe uma nota, pauta ou esboço do que irá
dizer.
Mas, uma das técnicas de oratória
que mais faz diferença é o planejamento.
Mesmo
sabendo com confiança a matéria e o tema que irá abordar durante sua
apresentação, é importante fazer o seu próprio planejamento, para que o seu
discurso fique personalizado, com a sua cara.
Para isso, aí vão alguns passos
importantes no planejamento de seu discurso:
·
Ao
se preparar, pense em assuntos que preocupam ou interessam às pessoas e aplique
isso ao seu tema;
·
Pense
em acontecimentos atuais, problemas que talvez o país esteja enfrentando,
assuntos que estejam diretamente ligados ao seu público;
·
Conheça
a sua audiência, considerando aspectos como a formação e a idade média deles.
Isso vai até te ajudar a preparar a linguagem da apresentação;
·
Faça
mapas mentais e roteiros do que irá falar.
1. Aprenda a controlar os nervos
É muito comum que, mesmo depois de toda uma
preparação para falar em público, você ainda se sinta intimidado em frente
a todas aquelas pessoas. O ponto aqui é que se deixar levar pelos
pensamentos negativos logo antes de entrar no palco é uma armadilha
perigosa que pode afetar diretamente o seu desempenho na apresentação.
Nós seres humanos temos uma parte fisiológica que
não podemos nunca esquecer: nosso
cérebro e o nosso corpo!
O fato é que eles estão intimamente ligados e
isso significa que, ao focarmos em pensamentos negativas, como
por exemplo: “vai dar branco”, “não vou saber responder alguma pergunta”,
“vão reparar que estou nervoso”, “serei julgado”, entre outros, o nosso
cérebro recebe essa mensagem e reforça através de um sentimento de
nervosismo, ansiedade e insegurança, os quais, por sua vez, serão
refletidos no seu corpo.
Isso quer dizer que o frio na barriga, a vermelhidão no rosto e a tremedeira
nas mãos podem ser uma resposta do seu corpo aos pensamentos que
você mesmo está transmitindo.
Por isso, a primeira dica de oratória é: antes de controlar os nervos, controle
os seus pensamentos!
Ao conectar-se com pensamentos positivos você
aumenta a sua autoconfiança no momento de falar em público.
2. Respirar é essencial!
Outro ponto chave para uma apresentação de sucesso
- e que também auxilia diretamente no controle dos nervos - é a
respiração!
Muitos apresentadores acabam focando no
conteúdo e na linguagem corporal, mas acabam esquecendo desta etapa
essencial na oratória.
Você
certamente já foi em uma palestra ou apresentação na qual o orador parecia
respirar de forma ofegante. Isto certamente atrapalhou a sua
compreensão do conteúdo que foi passado.
Respirar de forma
equivocada pode comprometer ainda mais sua autoconfiança, aumentando a tensão e o
nervosismo, além de provocar aquela voz trêmula que atrapalha a clareza do
discurso que você ficou praticando durante horas.
Como tudo o que se faz na vida deve fazer bem
feito, aqui vão umas dicas
para que você domine de uma vez por todas a respiração!
A respiração deve ser feita preferencialmente pelo
diafragma, exercitá-la ajuda a obter mais gás na sua fala.
Além disso, evite um ritmo muito acelerado,
principalmente em frases longas, que possa comprometer sua respiração com
a falta de ar. Faça pausas quando possível.
Lembre-se que durante uma apresentação a respiração deve acontecer de forma natural
e suave. A respiração muito profunda ou acelerada pode ser vista
pelo seu público como sinal de nervosismo.
Para
respirar corretamente durante uma apresentação, é preciso estar em posição
ereta, com os ombros para trás.
Faça
exercícios de respiração, para não desperdiçar o ar, deixando-o escapar muito
depressa enquanto fala.
Solte
o ar aos poucos, mas não tente controlar a expiração contraindo os músculos da
garganta.
Treine o seu discurso
em voz alta, respirando como o indicado acima, várias vezes, até estar
preparado.
3. Sua Postura diz muita coisa.
Uma postura empoderada e
segura pode transmitir uma mensagem não verbal de autoconfiança ao seu público, mas também
serve como uma ferramenta poderosa para potencializar esse sentimento em
você mesmo.
Afinal, se podemos controlar os pensamentos
positivos para gerar sentimentos positivos, o mesmo vale com o nosso
corpo.
No seu livro “O Poder da Presença”, Amy
Cuddy, pesquisadora e professora da Harvard Business School, explica que a nossa postura consegue modelar o
nosso comportamento.
Ao
expressarmos a nossa postura de uma maneira confiante, passamos a refletir
a mesma mensagem também ao nosso cérebro.
- Coluna
reta, tendo consciência da sua coluna vertebral;
- Quadril
encaixado, evitando ficar com as pernas em postura de informalidade;
- Ombros,
cotovelos e pescoço relaxados, afastando a tensão.
O seu cérebro, percebendo a sua postura, passa a
acreditar que você de fato está se sentindo confiante naquele momento e,
com isso, transforma
aquele nervosismo natural em um sentimento de autoconfiança!
Para falar bem em público, é
preciso que a sua postura diante dele seja a mais natural possível.
Para
você conseguir uma boa postura, faça alongamentos no dias que antecedem a
apresentação, para eliminar a tensão.
Nestes
alongamento, procure esticar as suas mãos, braços e pernas, também gire o seu
pescoço lentamente.
Estes exercícios irão
ajudá-lo a manter a atenção do público em seu discurso e não em sua postura
corporal, durante a apresentação.
4. Expressão facial e discurso são parceiros.
Outro deslize muito comum em quem está fazendo uma
apresentação, e que eu não poderia deixar de abordar aqui, é a falta de coerência entre o discurso e a
expressão facial.
Como estamos vivendo em um mundo de alta
tecnologia, acabamos esquecendo de nos expressar... e a falta dessa
prática no dia a dia, acaba fazendo com que você leve ao palco a famosa “poker
face”. Ou seja, a expressão neutra e enigmática que pode enfraquecer a
transmissão da verdadeira emoção do discurso ao seu público.
As expressões não verbais
devem ser cuidadosamente pensadas e treinadas para que não passem uma
mensagem duvidosa ao público, ou ainda pior, contrária aquilo que você deseja.
Por isso, se o seu discurso abordar um tema
de conquista e superação, a sua expressão facial deve seguir o mesmo
contexto. Da mesma forma, caso o tema seja delicado ou sério, a expressão
facial deve ser naturalmente coerente com o sentimento explorado. Caso
contrário, e salvo raras exceções, pouca gente vai acreditar de fato em
você e muito menos na mensagem que você desejava tanto passar.
5. Movimento natural.
Quando
vamos fazer uma palestra ou apresentação em público, a tendência
natural é de ficarmos incomodados, pois sabemos que muitas pessoas irão nos
observar.
Pensando nisso muitos oradores
travam, ou seja, fazem a palestra inteira sem sair do lugar.
Mas,
será que isso é bom? A resposta definitiva é que não! Isso só atrapalha a
concentração de quem está assistindo.
O que fazer então?
Neste
aspecto, uma das técnicas de oratória mais práticas e interessantes é a de você
ficar num ponto por alguns instantes, ou minutos, e depois mudar de lugar e
continuar falando.
Isso irá ajudá-lo a não ficar
como “um poste” e nem ficar “zanzando” de um lado para outro sem rumo.
Para aqueles que arriscam sair do seu quadrado em
uma apresentação, fique atento! Afinal de contas, movimentar-se também é
uma arte.
Já é certo e sabido que o movimento traz muita riqueza numa apresentação,
até mesmo porque apresentações estáticas podem ser cansativas à plateia a
depender do assunto abordado.
O grande cuidado aqui é que se você for se
movimentar, este movimento tem
que ter um propósito de existir dentro do seu discurso, além de ser
feito com suavidade! Caso contrário, parecerá um leão enjaulado,
responsável pelas dores no pescoço da plateia.
Por isso, a técnica de movimento deve ser usada com o objetivo de pincelar
um certo dinamismo no conteúdo, aproximando o apresentador da
plateia e trazendo naturalidade para o discurso.
6. Gestos involuntários, resista-os e eles não acontecerão!
Outro tema de bastante importância quando o assunto
é linguagem corporal são os famosos gestos involuntários.
Também é importante ter cuidado
com os movimentos involuntários durante a sua apresentação.
Como
vimos, uma das técnicas de oratória mais importantes é a de movimentar-se
enquanto faz uma palestra.
Porém, tome cuidado com
movimentos involuntários, tais como:
·
Balanço
de perna;
·
Ficar
mexendo no cabelo de forma
contínua durante a fala;
·
Estalando
os dedos, sem perceber, e toques desse tipo. Toque incessante no anel ou outros acessórios como
colar, brinco e relógio
·
Levantar
as mangas de camisa constantemente
Atente-se
para estes movimentos e procure eliminá-los já na fase de preparação da sua
apresentação.
Uma prática que demonstra como o
ato de falar de em público é muito mais complexo e cheio de nuances.
Muitos apresentadores só vão descobrir que
possuem algum gesto involuntário quando tem a oportunidade de se assistir
em um vídeo, porque dificilmente alguém da plateia vai abrir o jogo quando o
assunto é esse.
Apesar de inocente, se o gesto involuntário se mostrar muito frequente na sua
apresentação é ele quem tomará a frente e será o destaque, e não mais
você.
Com isso, é certo que o público vai dispersar da
sua fala e começar a ficar desconfortável com a sua repetição. A dica
aqui é antecipar a correção do
gesto involuntário antes que ele aconteça.
Por exemplo, utilizar brincos ou colares menores
que não te induzam a tocá-los. Dobrar antecipadamente as mangas da camisa
ou evitar mangas longas. Prender o cabelo de forma que não atrapalhe
durante a fala.
Essas e outras ações são excelentes para
evitar mais este obstáculo no sucesso da sua apresentação.
7. P-a-u-s-a-s
Quando o assunto é voz e
oratória, impossível não trazer à tona a importância da técnica de
“pausar”.
É muito comum nos tempos atuais confundir um bom
orador com aquela figura estereotipada de uma pessoa que fala bastante, e
ainda, em um ritmo muito acelerado. Não acredite nisso!
Seguir com o discurso nesse formato pode ser muito
pior do que se imagina. Isso porque ao acelerar o ritmo da fala, você pode
fazer com que seu o público perca a ordem lógica do conteúdo apresentado,
além de não deixar com que reflitam ou absorvam os pontos principais do
seu discurso.
Ao fazer pequenas pausas (1 a 3 segundos) você ajuda o seu público a seguir
de forma ordenada com a estrutura conteúdo da sua apresentação,
acompanhando e absorvendo, em tempo real, cada ponto do que está sendo
dito, durante a sua apresentação,
fique atento às pausas em sua oração. Atente-se para não fazer pausas demais e
nem de menos.
Quer um conteúdo memorável? Use e abuse das
pausas!
Fique
atento a isso, pois muitos oradores acabam exagerando na hora da pausa e o
assunto perde o sentido original, deixando as pessoas confusas.
Procure
fazer pausas apenas onde for necessário, mas, é claro, também não precisa ser
um “narrador de futebol de rádio”, ao falar.
O importante é orientar a sua
fala de modo que ela seja natural e confortável a quem ouvir.
8. Tipo, vício de linguagem, né?
Outro grande vilão na oratória são os
sorrateiros vícios de linguagem.
Eles aparecem entre uma frase ou outra no seu discurso com o objetivo,
inconsciente, de preencher aquele espaço vazio ou de apoiar o apresentador
na lembrança do próximo ponto do seu discurso.
Fato é que os vícios de linguagem, mesmo tão
temidos, podem ser vencidos!
A dica para acabar de vez com eles é, em um
primeiro momento, TREINAR e
PRATICAR regularmente o seu discurso, com a prática, a
tendência natural é que o domínio do assunto faça com que os vícios
desapareçam.
Se mesmo com o treino, os vícios de linguagem
continuarem batendo à sua porta, em um segundo momento, a dica é substituir pelas pausas. Ao pausar,
você aprende a aceitar o silêncio momentâneo e evita o aparecimento do
vício de linguagem.
9. Interaja com o seu público!
O público é o personagem principal quando o assunto
é oratória e muitos apresentadores, devido ao ego, acabam esquecendo de
interagir com o seu público. Neste caso, a arte de falar em público passa a ser
um mero monólogo, ou seja, apenas uma arte de falar.
A excelente dica que podemos trazer aqui é de que
em algum momento da sua apresentação, você, sutilmente, faça uma interação com o seu público, seja por meio de uma
pergunta ou até mesmo de uma imagem ou reflexão.
Quando o apresentador se coloca numa posição de troca,
além de enriquecer o conteúdo e dar ainda uma maior dinâmica à
apresentação, ele passa a ter um presente adicional: a conexão e empatia com o público.
Um dos principais problemas em
apresentações e palestras é a falta de interatividade do orador com a
audiência.
O
seu público irá gostar de participar da palestra. Peça para eles escreverem,
desenharem, contarem ou responderam alguma questão.
Se
a palestra for longa, faça pequenos exercícios de vez em quando com a
plateia.
Isso ajuda a trazer o interesse
pelo assunto.
10. Emocione por meio do
storytelling
Uma técnica que vem tomando conta dos cursos de
oratória é o storytelling. O storytelling
é a arte de contar histórias, mas não qualquer história!
O ser
humano naturalmente gosta de ouvir histórias emocionantes, reais e
verdadeiras.
E é a partir deste desejo natural
nosso, que a técnica de storytelling ganha corpo.
O
storytelling está entre as principais técnicas de oratória, pois realmente
funciona para engajar e envolver o seu público.
Se
o seu tema permitir, introduza no meio do discurso alguma história que tenha a
ver com o assunto.
A audiência vai se identificar e
vai ficar presa ao que você diz.
O storytelling pode ser utilizado também para quebrar a expectativa do
seu público.
Dependendo
do seu tema, você pode criar um problema em comum com todos que ouvem e,
imediatamente, apresentar a solução.
Isso
criará um quadro mental nos ouvintes, que vão levar o que você diz para sempre
em suas memórias. E vão se lembrar de que você é um bom orador.
A grande lição desta técnica é que muitas vezes o
formato com que você escolhe apresentar uma ideia ou abordar determinado
tema, pode ser o fator crucial par que a sua apresentação se torne
memorável (ou não) para o seu público.
Afinal de contas, similar à uma transfusão de
sangue, o storytelling nada mais é
do que uma transfusão de emoções, do apresentador para o seu público.
Os maiores ganhos em transformar seu conteúdo em
uma história é a conexão que você constrói com o público, além da alta
assimilação e memorização do conteúdo.
Mas quais os elementos de uma boa história?
Emoções - Boas histórias provocam emoções
no seu público. Por isso, entre a sequência de fatos, é imprescindível que
o apresentador explore as emoções, seja através do humor, alegria,
desafios, angústia... até chegado o momento de superação! Fazer com que o
seu público acompanhe toda a trajetória do personagem principal e do tema,
faz com que eles sejam parte da narrativa, torcendo pelo final e absorvendo a
conclusão.
Objetiva - A simplicidade e a conexão com o
tema tornam as histórias mais fáceis de serem compreendidas pelo seu público.
Isso significa dizer que, quanto mais você conhecer o seu público, mais poderá
adaptar a sua história abordando elementos em comum, fazendo com que ele não
apenas ouça a história, mas se identifique com ela.
Conclusão - Toda história contada em uma
apresentação deve ter uma missão, seja ela compartilhar uma experiência do
apresentador ao seu público, defender uma causa ou ponto de vista, apresentar uma
solução, etc. Quer dizer, toda história deve trazer um aprendizado ao público
dentro daquele tema a ser abordado. Nada de contar, por contar.
Uma dose de humor cai bem: Mas vá de acordo com
o seu público.
Em muitos casos e para a maioria
das audiência, uma palestra descontraída é um fator importante para engajar o
público.
Afinal,
ninguém quer ir para uma palestra e ouvir um orador completamente sério e frio.
Porém
leve em conta os seus ouvintes. Uma dose exagerada de humor pode tirar a
seriedade do assunto em questão.
Por isso, ao definir quando
utilizar doses de humor em suas apresentações, pergunte-se:
·
Eles
vão entender o meu humor?
·
Estou
lidando com pessoas de qual faixa etária?
·
Qual
a formação dos meus ouvintes?
Uma das técnicas de oratória mais
importantes é a de ser objetivo em suas apresentações.
Hoje
em dia, as pessoas não têm tempo a perder. Elas não querem ouvir uma enorme
palestra, onde o orador não chega ao seu objetivo principal.
Portanto, não enrole. Vá direto
ao ponto, mas sem ser rude.
Explique
o que realmente a matéria quer dizer, de modo a envolver a audiência, para que
as pessoas não desistam e vão embora no meio do seu discurso.
11. Para onde olhar.
O contato visual do
apresentador com o seu público faz uma enorme diferença quando o assunto é a
autoconfiança.
O olhar para baixo ou para cima, pode transmitir
uma mensagem de insegurança ou até mesmo fazer com que o seu público
desconfie do que está sendo dito e perca o interesse.
Mas cuidado! Encarar é diferente de olhar. Fixar o
olhar permanentemente em uma ou mais pessoas da sua plateia pode gerar um
desconforto ainda mais durante a sua apresentação e não causar uma boa
impressão.
A dica aqui é trazer leveza ao olhar, transitando em várias pessoas da
plateia, alternando cada ponto, de forma natural e interativa.
Além de você tornar mais dinâmica essa
variação de atenção, auxiliando até na movimentação no palco, você poderá
observar com mais atenção como a plateia está reagindo a sua apresentação,
podendo, inclusive, adaptar o andamento do tema.
12. Conheça o seu público
Quem nunca se sentiu incomodado ao assistir uma
apresentação cujo conteúdo já era conhecido e bastante batido? Ou ainda,
assistiu uma palestra cujo assunto era tão técnico que não conseguiu
compreender nada ao final?
Olha aí outro ponto chave a ser trabalhado quando o
assunto é oratória!
Você deve buscar
entender, antes da definição do seu conteúdo, o quanto o seu público sabe
sobre aquele assunto.
Dessa forma, você conseguirá adaptar os temas a
serem abordados, ou seja, quais conceitos básicos não precisam ser
explorados, abrindo espaço e tempo para focar naquilo que realmente
interessa. Ou ainda, por outro lado, sendo uma plateia que desconhece do
assunto, definir quais os elementos básicos que são essenciais para a
compreensão do tema.
Essa é uma lição de casa a ser feita antes de
qualquer apresentação!
13. Recursos de impacto
Com tanta tecnologia à nossa disposição, por que
não usar dos recursos audiovisuais no momento de falar em público? Cada vez mais as apresentações de
sucesso são suportadas por vídeos, imagens ou até mesmo áudios de impacto.
Explorar esses elementos na sua apresentação gera
um maior interesse e dinamismo na plateia, afinal, é possível interagir e
ilustrar tudo aquilo que estava apenas sendo dito, e ouvido. Outro
ganho real no uso dos recursos audiovisuais, é que eles podem servir
de suporte na estruturação e condução do roteiro da sua apresentação.
Falhando a memória, este material poderá te
apoiar na recuperação do “fio de meada”.
Faça do PowerPoint seu aliado
Use as ferramentas disponíveis
para enriquecer a sua apresentação!
O
Powerpoint é uma excelente ajuda para mostrar imagens e deixar a palestra mais
agradável e fácil de entender.
Quando
precisar explicar algo complexo, use uma apresentação de Powerpoint e
vá explicando em um passo a passo o que fazer.
Mas não fique lendo o que está
escrito na tela.
Isso é desagradável e você causará a
impressão de que não domina totalmente o assunto que está sendo falado na
palestra.
Mas atenção! Este material não pode servir de “muleta” para o apresentador.
Qualquer problema técnico no material, caberá ao
apresentador, com o domínio do conteúdo, dar seguimento à apresentação.
Mesmo
que você consiga desenvolver a sua habilidade de oratória e de falar em
público, os slides de sua apresentação precisam ser profissionais, para a
promoção do seu conteúdo.
14. Prepara-se sempre!
O domínio do conteúdo é
imprescindível para o sucesso de uma apresentação, porém, é necessário distinguir
um texto dominado, daquele decorado. Ao repetir um mesmo texto, você
aumenta suas chances de esquecer (o famoso branco) e te exige um cuidado
redobrado no momento da apresentação, de forma que não aparente robotizado.
Mas como ter autoconfiança no discurso sem decorar?
Uma dica de ouro é fazer um sumário da sua apresentação, separando
por tópicos com um breve resumo e destacando as palavras chaves. Dessa
forma, você passa a compreender o contexto principal daquele tópico,
dominando o assunto, mas discursando com maior naturalidade.
15. Pergunta, sem resposta?
Outro motivo de frio na barriga na hora de falar em
público é a incerteza das perguntas que podem ser feitas pelo público ao final
da apresentação.
Mesmo sendo um momento rico de troca de
experiências, a sensação de não saber a resposta e ficar com “cara de paisagem”
em frente à toda a plateia, tira o sono de muita gente.
Tudo isso, no entanto, pode ser solucionado com a
criação de um “Plano B”, ou seja, um planejamento antes da apresentação. Em
outras palavras, faça um roteiro
das possíveis perguntas que o público poderia fazer em relação ao seu tema (similar
a uma FAQ) e já redija uma
resposta.
Com isso, você já vai preparado sobre o tópico
abordado e demonstrará uma postura de segurança e propriedade do conteúdo à
plateia.
Caso você não esteja confortável com o domínio do
assunto, uma opção é evitar a
sessão de perguntas e permanecer disponível através de outros canais,
por exemplo, deixando seu dados de contato no término da sua palestra.
O mesmo vale caso seja feita uma pergunta que você
não saiba responder, controle o nervosismo e evite “enrolar” ou “chutar” uma
resposta, aja com calma e naturalidade, sinalizando, sem grandes rodeios, que
não sabe responder no momento, mas que trará uma resposta disponibilizando os
contatos.
A dica é: Não invente, não há público que não
valorize a franqueza de um apresentador!
16. P-R-E-P-A-R-A
Não adianta escapar, qualquer apresentação de
sucesso exige do apresentador uma preparação
prévia, tanto pessoal, do conteúdo como também do próprio discurso.
A fórmula mágica para o desenvolvimento de um apresentador, da noite para
o dia, ainda não existe!
Umas das técnicas de oratória que
mais dá resultado para uma boa performance em apresentações, é treinar em
frente ao espelho.
Mas,
porque esta técnica é tão eficaz?
Porque,
olhando para si mesmo no espelho, você conseguirá detectar os principais pontos
que precisa melhorar. Você conseguirá verificar, por exemplo, se precisa
melhorar a postura, a fala ou os seus gestos.
Todos esses pontos
são importantes para o sucesso da sua palestra.
Quanto maior for a preparação inicial, maior
segurança você terá no momento de se apresentar efetivamente. Afinal, além
de dominar o tema, você terá se preparado para os eventuais imprevistos,
antecipando-os.
Com todas essas ferramentas à sua disposição, ficou
na cara que falar em público
é uma arte que demandará de você muita mão na massa, treino e suor. Por
isso, para alcançar sucesso e excelência, é fundamental que você procure
cursos que vão te deixar ainda mais preparado na arte de falar em público!
17. Não fique pedindo desculpas o
tempo todo
Muitos palestrantes não usam as
técnicas de oratória e pecam nessa hora.
Eles
ficam pedindo desculpas o tempo todo. Seja por algo que fizeram de errado no
meio do discurso, ou por simplesmente algo que disseram que não agradou a
todos.
Isso
é um erro, pois mostra insegurança e incerteza naquilo que está dizendo. Não
faça isso sem necessidade.
Se cometer algum erro, como uma
palavra errada, por exemplo, corrija imediatamente e siga em frente.
18. Procure inspiração em grandes palestrantes.
Hoje
temos em mãos uma ferramenta importante: a internet.
Procure nela grandes palestrantes
e inspire-se na forma com a qual eles conduzem suas apresentações.
Analise
os palestrantes de seu interesse e veja algumas coisas importantes, tais como o
jeito que falam e o modo de se comportarem diante do público.
Isso
vai ajudar você a criar um perfil de orador e verificar qual se encaixa mais
com o seu perfil.
17. Colha feedbacks para a sua própria evolução.
Essa é uma dica importante para
as suas apresentações: Analise o seu progresso.
Peça
para alguém filmar as suas palestras e depois as assista para ver o seu
desempenho. Além disso, também pergunte ao ‘rei do auditório’ (uma pessoa de
sua confiança, amiga e acima de tudo sincera) o que achou de sua apresentação e
o que você pode melhorar.
Isso contribui para o seu
crescimento enquanto orador, já que com esses feedbacks você poderá aprimorar
as suas técnicas de oratória.
REFERÊNCIAS
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FURINI, Isabel
Florinda. Práticas de Oratória. São Paulo. Ibrasa, 1992.
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POLITO, Reinaldo.
Como Preparar Boas Palestras e Apresentações. São Paulo. Saraiva, 1995.
______, Reinaldo.
Gestos e Posturas Para falar Melhor. São Paulo. Saraiva, 2000.
______, Reinaldo.
Assim é que se fala: como organizar a fala e transmitir ideias. 14. Ed. São
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Como Falar Corretamente e sem Inibições. 87. Ed. São Paulo: Saraiva, 2000.
RIBEIRO, Lair.
Comunicação Global: O Poder da influência. Belo Horizonte – MG: Ed. Leitura,
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1988.
WRIGHT, C. W. Aprenda
a Falar em Público. Record, 1995.
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