8 de jul. de 2013

A CONSTRUÇÃO DE UMA GESTÃO PÚBLICA DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA

DEPARTAMENTO DE PÓS GRADUAÇÃO E PESQUISA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO PÚBLICA








A CONSTRUÇÃO DE UMA GESTÃO PÚBLICA DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA






TÚLIO CÉSAR FERNANDES










SECRETARIA DARWIN
Taguatinga – Águas Claras/DF, 2013


TÚLIO CÉSAR FERNANDES












A CONSTRUÇÃO DE UMA GESTÃO PÚBLICA DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA









Trabalho de Conclusão de Curso – Artigo – submetido à avaliação da Coordenação do Curso de Pós-Graduação da Faculdade de Tecnologia Equipe Darwin, como quesito parcial para a obtenção do título de especialista em Gestão Pública, sob a orientação do Professor Joenildo Fonseca Leite.







SECRETARIA DARWIN
Taguatinga – Águas Claras/DF, 2013
FACULDADE DE TECNOLOGIA EQUIPE DARWIN – FACTED
DEPARTAMENTO DE PÓS GRADUAÇÃO E PESQUISA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO PÚBLICA


TÚLIO CÉSAR FERNANDES








A CONSTRUÇÃO DE UMA GESTÃO PÚBLICA DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA






Monografia apresentado à Banca Examinadora e aprovada em  ____/_____/_____.



Prof. Orientador Joenildo Fonseca Leite





1° Avaliador






2° Avaliador
A CONSTRUÇÃO DE UMA GESTÃO PÚBLICA DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA

Túlio César Fernandes[1]
Joenildo Fonseca Leite[2]



Apresentação




 A história política do Brasil é marcada por períodos de centralização política que deixaram marcas na cultura política brasileira, já que a população geralmente esteve à margem na relação gestão pública-sociedade.
No entanto, é nesse cenário cultural que surgem os Orçamentos Participativos (OP) como uma iniciativa genuinamente brasileira que está presente em centenas de municípios brasileiros e do exterior.
Trata-se uma prática inovadora na cultura política brasileira de democracia participativa, que visa a construção de um espaço de empoderamento da sociedade na construção do planejamento do orçamento público. A implementação desse instrumento requer transformação da visão tradicional da gestão pública por parte do gestor.
O presente artigo reflete sobre os desafios do processo de implementação de uma gestão democrática e participativa, em destaque para a experiência do OP. Nesse sentido, nos dedicamos à análise da experiência do Orçamento Democrático implementado em Uberlândia/MG, na tentativa de apontar alguns elementos que sirvam para o aprimoramento da metodologia do instrumento estudado, bem como de subsídio para a implementação de novas experiências. Concluiu-se assim, que o orçamento democrático é uma peça fundamental para a concretização da democracia e da voz do povo, principalmente dos cidadãos do município do estudo, e por isso, merece estudos futuros.  
O final da década de 1970, especialmente no Brasil, é marcado pelo reafloramento dos debates a respeito das práticas democráticas implementadas na gestão pública.
As expressões populares, sufocadas pela ditadura militar, ganham um novo fôlego, influenciando os emergentes movimentos sociais que contribuíram, por sua vez, com o fim do regime autoritário em meados da década de 1980 (SÁNCHEZ, 2002).
No entanto, a supressão das práticas democráticas durante a ditadura deixou sequelas negativas no exercício da política brasileira até os dias atuais. Entre os entraves está o distanciamento entre a administração pública e a sociedade em geral.
Cabe ressaltar ainda, que na história política do país, a sociedade brasileira nunca se apropriou de fato e de direito da gestão da “coisa” pública, de forma que a república brasileira sempre apresentou sérias limitações, devido às tradições colonialistas, escravocrata, coronelista, populistas e oligárquicas.
O reflexo disso é uma compreensão equivocada, por parte da sociedade, do conceito de democracia, e principalmente, de gestão pública que notamos hoje em dia.
Porém, a crise da ditadura militar proporcionou um ambiente de forte tendência de transformação das posturas do Estado, graças ao envolvimento de parcela significativa da sociedade civil na busca pela democratização do Estado.
Entretanto, na crise da ditadura se evidencia outra crise, conhecida na academia como a crise da democracia representativa. (SEGUNDO & ROSA, 2008; GONÇALVES, 2011).
É nesse período que a esquerda intelectual começa a evidenciar o fato de que não só bastava o processo de redemocratização brasileira, mas era necessário repensar que tipo de democracia deveria ser construído no país, já que a democracia representativa apresentava sérios sinais de desgastes, uma vez que não conseguia resolver as questões sociais vivenciadas pelos brasileiros.
Essa preocupação de intelectuais e políticos da constituinte contribuiu para a criação de dispositivos que estabelecessem a prática do controle social por meio da participação popular.
Assim, a Constituição de 1988, traz consigo inúmeros canais de participação social como, por exemplo: a instituição de audiências públicas, iniciativa popular, plebiscito, referendo, conselhos gestores e de fundos, com regras paritárias, no âmbito do Executivo, do local ao federal (BRASIL, 1988).
Nesse ínterim, o Orçamento Participativo (OP), mesmo não estando em pauta na Constituinte de 1988 é considerado também como uma alternativa para a crise da democracia representativa. Objeto de vários estudos pela academia é uma das práticas promissoras bastante difundidas entre a década de 1990 e a atualidade, sendo implantados em vários municípios brasileiros, e até mesmo em estados da federação.
A partir de 2011, com a posse dos governadores eleitos em 2010, identificou-se um reinício do processo de implementação de experiências em orçamentos participativos em recortes territoriais estaduais.
A importância deste instrumento no processo de modificação da cultura política na gestão pública é tão forte que, de acordo com Allegretti (2011, p. 18) “são milhares de cidades [inclusive de vários países] que vem transformando suas práticas democráticas em direção a uma estrutura mais participativa”.
A essência de todo o mecanismo do orçamento participativo é a democratização do orçamento público desde a sua construção até a sua implementação. Trata-se do envolvimento da sociedade civil no processo de planejamento dos gastos públicos, processo este, que há muito tempo era visto como construção exclusiva dos gestores públicos e de técnicos.
Uns dos principais efeitos colaterais da centralização da construção do orçamento público é a má distribuição dos investimentos públicos na cidade, privilegiando determinadas áreas em detrimento de outras, fomentando desigualdades espaciais tão fortes que se refletem na exclusão social de parcela significativa da sociedade em muitas cidades brasileiras.
Com base nessas considerações, pode-se admitir que se por um lado os constantes períodos autoritários no país deixaram marcas, aparentemente indeléveis, na organização política brasileira, em especial na máquina administrativa pública, por outro lado, identificam-se iniciativas inovadoras que visam transformar as relações da gestão pública e da sociedade civil.
No entanto, essa realidade provoca indagações, as quais são necessárias refletir: o que é indispensável para que a gestão pública implemente práticas de planejamento democrático e participativo em um município? E que espécies de desafios e resultados são encontrados no processo de implementação de um Orçamento Participativo?
1 Outras experiências existentes como a do estado do Espírito Santo e Rio Grande do Sul, mostraram-se como uma experiência efêmera e inconsistente, refletindo na descontinuidade das experiências.
Com a finalidade de dar conta desta provocação, dedicamos a analisar a experiência de orçamento participativo da cidade de Uberlândia/MG, doravante denominado Orçamento Democrático.
Trata-se de uma experiência relativamente recente que há 06 (seis) anos vem cultivando espaços de diálogos junto à sociedade uberlandense.
Nessa perspectiva, as informações estão organizadas da seguinte maneira: na primeira parte buscar-se-á compreender o significado de uma gestão democrática e participativa; na segunda parte conhecer-se-á a experiência do Orçamento Democrático da Cidade de Uberlândia/MG, sua metodologia e práticas oportunizadas pela experiência, e por fim, será evidenciado os desafios para a implementação do Orçamento Participativo para a gestão pública municipal.
O estudo em torno do Orçamento Participativo é possível ser feito por vários ângulos do conhecimento, seja sob uma óptica do planejamento urbano, da gestão pública, do ângulo autonomista social, e também pela óptica da ciência política.
Seja a leitura feita sob qualquer ângulo é quase unanimidade entre os pesquisadores Dias (2002), Sánchez (2002) e Silva (2011), o reconhecimento do caráter inovador que o Orçamento Participativo representa para a realidade política brasileira.
No entanto, primeiramente, para compreender o instrumento do Orçamento Participativo e sua relevância para a cultura política do país é necessário passear, mesmo que brevemente, pelo conceito e tipos de democracia. Michelangelo Bovero (2002), um importante filósofo político da atualidade, contribui com um conceito de democracia não muito diferente de outras definições que rotineiramente encontramos nos artigos e livros especializados; assim, a palavra democracia é formada por dois termos gregos, demos (povo, cidadão) e krátos (poder político).
Na concepção de Joseph Schumpeter (1976 apud RICUPERO, 2007) democracia não passaria de um arranjo institucional para se chegar a decisões políticas – legislativas e administrativas.
Nesse sentido, trata-se de um regime político, que remonta a sua origem na antiga Atenas, que existiu por cerca de 510 A.C. a 322 A.C. (SOUZA, 2006).
Entre as suas peculiaridades, a democracia ateniense nos provoca com algumas características como, por exemplo: a possibilidade da participação de todos os cidadãos no processo decisório, inexistência de políticos profissionais e da alienação de decisões, a participação não era compulsória, porém voluntária.
Nesse sentido, a democracia surge na história da humanidade com um adjetivo: direta. A experiência política de democracia direta desaparece da história junto com a organização sociopolítica de Atenas, sendo reinventada dois mil anos depois pelos norte-americanos (RICUPERO, 2007).
Trata-se de uma democracia com características liberais e elementos diferentes da democracia da Antiguidade Clássica. Com a nova roupagem há um alargamento da participação ao inserir mulheres, jovens e em alguns casos estrangeiros no processo decisório.
No entanto, a democracia moderna não é mais uma democracia direta, agora a participação nas decisões políticas se dá por meio de representantes, o que nas palavras de Souza (2006, p. 324) é compreendido por “processo de alienação do poder decisório em favor de outrem”.
O processo de seleção dos representes do povo acontece por meio da escolha eleitoral. As atividades políticas como bem ressaltam Souza (2006), passam a ser encaradas como matéria de especialistas ou de “políticos profissionais”, cabendo aos cidadãos apenas o voto, ou seja, a escolha, existindo um nítido distanciamento entre os cidadãos e o que foi decidido pelos governantes.
Para ilustrar este fato, a Cientista Social Marcia Ribeiro Dias (2002, p. 67) destaca: (...) os governantes não se confundem com os governados. O papel dos cidadãos resume-se a indicar seus representantes, que irão formar a elite política responsável pelas decisões governamentais.
As funções de governantes e governados encontram-se separadas, assim como o status de cada um na dinâmica política. A única forma de controle dos governados sobre seus representantes está na periodicidade eleitoral, responsável pela manutenção ou renovação das elites políticas governamentais.
Acontece que a democracia representativa vem recebendo intensas críticas de intelectuais e cidadãos, devido a uma série de distorções e problemas, que variam desde corrupções, concentração de poder nas mãos de poucos, personalismo, patrimonialismo, clientelismo, compromisso com os interesses particulares, até delegação de responsabilidade, que acabam prejudicando, a já então complexa, gestão pública.
Na cidade de Atenas da antiguidade, os títulos de cidadãos eram destinados aos homens adultos livres residentes e autóctones.
Souza (2006) ressalta que escravos, estrangeiros, jovens e mulheres não gozavam de cidadania e, portanto, eram excluídos da participação das decisões.
Esse fato foi fruto do estudo de Leonardo Avritzer e Boaventura Sousa Santos que analisaram, de acordo com Allegretti (2011, p. 18), o ciclo vicioso ao qual está presa a democracia moderna e acrescenta: “a desconfiança suscitada pelo comportamento das instâncias representativas provoca um desinteresse pela participação ativa, considerada “inócua” e incapaz de transformar a gestão pública”.
As limitações da democracia moderna estão relacionadas ao fato de que os interesses da coletividade não obtêm espaço nas decisões políticas dos gestores públicos.
Nesse sentido, a deficiência nas soluções dos problemas sociais vem representando o desgaste do modelo de gestão representativa, em contra partida a busca de modelos de gestão que respondam às demandas populares se torna inevitável.
Dias (2002) define que a iniciativa da gestão participativa é uma estratégia de tornar a esfera pública permeável às reivindicações dos movimentos urbanos, incorporando-a ao processo decisório. Dessa maneira, passa a existir uma agregação entre o modelo de governo representativo e a participação direta do povo, característica essencial da democracia, no processo governativo.
Nesse sentido, qual a melhor forma de governo? Nesta discussão é importante ressaltar a compreensão do Bovero (2002) ao estabelecer uma crítica entre democracia direta e representativa conclui:
tanto a democracia direta quanto a democracia representativa são democracias, uma vez que o direito de participação política é igualmente distribuído a todos os membros da coletividade, sem exclusão de nascimento, de gênero, de classe ou de patrimônio. A oposição entre democracia direta e representativa concerne distinta estrutura do processo decisório político. Dito de modo mais simples, democracia direta é aquela na qual os cidadãos votam para determinar eles mesmos o conteúdo das decisões coletivas, como na democracia antiga da ágora; democracia representativa é aquela na qual os cidadãos votam para determinar quem deverá tomar as decisões coletivas, ou seja, para eleger os representantes. O instituto fundamental comum a todos os regimes democráticos contemporâneos é a eleição de representantes por sufrágio universal. (BOVERO, 2002, P.40)

Independente dos debates a respeito da democracia direta e a representativa, o fato é que nos estados modernos não há experiências de democracia puramente direta.
Souza (2006, p. 325) salienta a tendência, na atualidade, de corrigir as deficiências da democracia representativa por meio de “injeções de dose de democracia direta” e aponta o orçamento participativo como a “dose” genuinamente brasileira.
O Brasil vivenciou um período muito rico durante a abertura política do país e com a promulgação da Constituição de 1988. Com a intensa participação dos movimentos sociais foi possível inserir nesta Constituição diversos instrumentos visando constituir, mesmo com iniciativas esporádicas e pontuais, um modelo de democracia representativa com traços da democracia direta.
No que tange ao orçamento participativo, é importante destacar que não é um instrumento obrigatório no modo de tomada das decisões, no entanto, apresenta-se como importante espaço de aproximação entre a população e a gestão pública no processo de decisão sobre os gastos públicos.
Trata-se de uma prática de controle e participação social que visa influenciar diretamente as decisões dos investimentos públicos, buscando prioridades sociais. O curioso é que o Brasil possui uma vasta experiência no processo de centralização política, produzindo relações sociais autoritárias, clientelistas e personalistas, e apesar da pouca experiência brasileira com as práticas democráticas, percebe-se uma evolução no final do século XX, nas palavras de Salles (2010), para se transformar em um dos países com maior número de práticas participativas.
As primeiras experiências, que serviram de modelo para a criação de outras metodologias de Orçamento Participativo, foram realizadas na cidade de Porto Alegre (RS), no final da década de 1980.
O modelo foi executado em etapas no decorrer do ano e prioriza a participação de massas populares em formato de assembleia e audiências (SÁNCHEZ, 2002). Uma característica importante sobre o Orçamento Participativo é que a criação deste espaço, frequentemente, está relacionada a iniciativa do poder executivo. Curioso, porque discutir com a sociedade os interesses coletivos, nitidamente na história deste país, não foi uma prioridade das gestões públicas, mas fruto da pressão popular.
Outra característica é que a grande maioria das experiências de Orçamento Participativo, já criadas no Brasil, tem no âmbito municipal o seu principal recorte territorial de ação, sendo poucas às experiências implantadas com sucesso em âmbito estadual.
O que se percebe é que pode existir uma relação direta entre a Participação de Massa/Custo de realização/tempo de execução das etapas.
Vários autores, entre eles Gohn (2001), compreendem o importante papel que exerce o âmbito local na efetivação das relações de participação popular. Os municípios são cenários privilegiados do exercício do poder local, sendo esta a possível explicação para o sucesso dos orçamentos participativos em esfera municipal.
Entre os instrumentos presentes na Constituição Federal de 1988, voltados a oportunizar a participação popular está o plebiscito, o referendo, a iniciativa popular e os conselhos gestores de recursos.
Nessa discussão, Pedon (2002), explícita que a cidade aparece como produto diferencialmente apropriado pelos cidadãos, considerando-a como palco privilegiado de lutas de classes e de movimentos sociais de todo tipo, que reivindicam melhores condições de vida. Havendo assim, a junção dos interesses do Estado, do capital e dos moradores como forma de resistência contra a segregação e pelo direito à cidade.
As pesquisas de Avritzer e Navarro (2001 apud SÁNCHEZ, 2002,) apresentam que o processo de participação está baseado em três princípios:
esses princípios são: (1) participação aberta a todos os cidadãos sem nenhum status especial atribuído a qualquer organização, inclusive as comunitárias; (2) combinação da democracia direta e representativa, cuja dinâmica institucional concede aos próprios participantes a definição das regras internas; e (3) alocação dos recursos para investimentos baseada na combinação de critérios gerais e técnicos, ou seja, compatibilidade entre as decisões e regras estabelecidas pela ação governamental, respeitando também os limites financeiros. (AVRITZER & NAVARRO 2001 apud SÁNCHEZ, 2002, p.29)  

Em geral, os Orçamentos Participativos, em sua metodologia, estão relacionados ao processo decisório de aplicação do dinheiro público, fruto da arrecadação. Esse processo se dá na construção do instrumento de planejamento que é o Orçamento Público, peça essencial na execução política e administrativa das gestões, seja em qual for a esfera.
Este instrumento é um plano de ação que relaciona as receitas e despesas de um município, por exemplo, nas metas de implementação de ações nas áreas da saúde, educação, infraestrutura, cultura, manutenção da máquina administrativa, etc. Paludo (2011, p. 133) contribui ao afirmar que o orçamento público “expressa o esforço do governo para atender à programação requerida pela sociedade, que é financiada com as contribuições de todos os cidadãos, via pagamento de tributos, contribuições sociais e tarifas de serviços públicos”.
De acordo com Rego (2009) o Orçamento Público, em sua forma tradicional, representa um conjunto de decisões tomadas por uma minoria detentora do poder, de modo autoritário, sem levar em consideração a opinião da população.
Nessa perspectiva, os Orçamentos Participativos consistem em uma abertura do aparelho de Estado à possibilidade de a população participar, diretamente, das decisões a respeito dos objetivos dos investimentos, contribuindo significativamente no planejar do Plano Plurianual (PPA), da Lei Orçamentária Anual (LOA) e na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que são as peças componentes do Orçamento Público.
O Orçamento Participativo, por não ser um instrumento obrigatório constitucionalmente, como vimos anteriormente, tem como condição ‘sine qua non’ de sua implementação a vontade política do gestor público, de modo que a ausência do compromisso político pode inviabilizar por completo a implementação do instrumento, acarretando consequências extremante negativas ao instrumento.
Outro fator de extrema importância, e o mais complexo, é o processo de transformação da administração pública tradicional, como uma série de vícios, identificados anteriormente, em uma gestão pública participativa. Isso requer a ruptura das posturas culturalmente construídas, com prejuízo, se não for feito, de inviabilizar o processo de implementação do instrumento.
Quando a experiência é bem elaborada, contribui em muito para a mudança da cultura política dos envolvidos, sejam os servidores públicos, seja a sociedade civil. Isso porque impactam diretamente na rotina do processo decisório culturalmente construído.
O processo de empoderamento contribui significativamente para a efetivação da prática de controle social.
O orçamento participativo contribui para desfazer alguns paradigmas construídos no país no decorrer da sua história política; a mudança da cultura política e da compreensão do papel do cidadão enquanto sujeito de direitos e deveres, por meio do empoderamento, são o que há de mais notável na potencialidade do instrumento. Feito essas considerações, a discussão agora se foca na experiência do Orçamento Democrático.
O Orçamento Democrático, apesar do nome diferenciado das outras experiências participativas, trás consigo a essência metodológica dos Orçamentos Participativos, onde o cidadão participa na construção do orçamento público, orientando as suas aplicações e fiscalizando-as; em contrapartida o governo assume o compromisso de realizar as intervenções na cidade com base nas prioridades estabelecidas coletivamente, através do instrumento. O Orçamento Democrático é o exercício da cidadania junto aos habitantes, alterando substancialmente conceitos anteriores de gestão, onde prefeitos, de forma solitária e imperial, decidam sobre a vida das pessoas (Cartilha do OD, 2005).
O Ciclo do Orçamento Democrático é um processo anual com etapas sucessivas e complementares a fim de alcançar os objetivos do instrumento. As etapas são flexíveis e a sua realização depende de alguns fatores determinantes, como: ano de processo eleitoral e capacidade operacional da secretaria. Contudo, em geral é composto pelas seguintes etapas: Audiências Regionais, na qual o prefeito participa e apresenta a prestação de contas das ações realizadas no ano anterior e a população tem a oportunidade de apontar as demandas e prioridades para a produção da LOA do ano seguinte.
Trata-se de um dos grandes momentos do Orçamento Democrático, pois a população é convidada a participar das Audiências Regionais, e apontar três prioridades e sugerir uma demanda que esteja relacionada a uma das três prioridades selecionadas.
A escolha das prioridades da região é feita pela contagem de todas as opiniões dos participantes; e é por meio delas que as secretarias municipais buscarão subsídios para realizar o seu planejamento.
A segunda etapa são as Assembléias Populares Regionais que têm por objetivo realizar o processo eleitoral de escolha dos representantes da sociedade civil, os conselheiros regionais, que têm como finalidade realizar a fiscalização e acompanhamento, prioritariamente, do que foi demandado pela população.
A etapa seguinte é a Assembléia Geral dos Delegados que é o momento de reunir todos os conselheiros regionais para realizar o processo de escolha dos conselheiros municipais.
A quarta etapa é o Planejamento Democrático que seria o processo de consolidação da proposta de LOA, discussão realizada entre as secretarias municipais e representantes da região. A quinta é a Audiência Setorial com objetivo de apresentar à população as ações presentes na LOA e que dialogam com as demandas do OD.
Por fim, acontece a Avaliação e Planejamento do Ciclo com a equipe, delegados e conselheiros (PESSOA, 2011).
A experiência do Orçamento Democrático está inserida num contexto histórico para a cultura política do país, na medida em que faz parte de um conjunto de centenas de municípios que vem inovando as práticas da gestão pública municipal.
As experiências de Orçamento Participativo representam para a cultura política do país um caráter inovador, assim o objetivo deste trabalho foi construir um conjunto de reflexões sobre os desafios da gestão democrática e participativa tendo como referência a experiência da cidade de Uberlândia/MG.
Apesar de serem relativamente poucos os trabalhos publicados sobre o Orçamento Democrático, o presente artigo se diferencia dos demais trabalhos pelo foco analisado.
A proposta não é apenas relatar os fundamentos do Orçamento Participativo e como é a estrutura e funcionamento do Orçamento Democrático, como podemos perceber nas poucas produções sobre o tema, mas é evidenciar o Orçamento Democrático e sua metodologia por um olhar crítico. Sendo o objeto de estudo a democracia participativa, trabalham-se os desafios da construção de uma gestão democrática e participativa, através de “um” olhar sobre a experiência de Uberlândia/MG.

O método utilizado para este artigo é o indutivo. Sobre este método Marconi & Lakatos (2006, p. 106), diz que “o método indutivo – cuja aproximação dos fenômenos caminha geralmente para planos cada vez mais abrangentes, indo das constatações mais particulares às leis e teorias (conexão ascendente)”. Trata-se de um estudo de caso, por buscar uma análise profunda sobre o objeto de estudo (ZANELLA, 2009). Esta investigação é essencialmente qualitativa, pois a preocupação principal da pesquisa é conhecer como se manifesta o fenômeno da democracia participativa na perspectiva dos desafios que a experiência uberlandense enfrenta na atualidade.
Nesse sentido, para alcançar os objetivos deste trabalho os procedimento adotados para a coleta de dados foram as seguintes: pesquisa bibliográfica, por meio de artigos e livros sobre o objeto da pesquisa e portais eletrônicos, a exemplo do Portal da Rede Brasileira de Orçamento Participativo e da experiência do Orçamento Democrático.
A pesquisa documental foi outra importante técnica utilizada. Assim, buscou-se o acesso aos documentos referentes à metodologia de planejamento realizada pelo Orçamento Democrático; informações sobre as demandas feitas pela população que foram atendidas; e o nível de interação entre os órgãos da prefeitura.
Com relação às técnicas de análise de dados, preferiu-se adotar aquela com a abordagem qualitativa, priorizando as análises dos conteúdos, feitos a partir dos temas provocados, e a análise de discurso, dialogando sempre com as informações construídas pela academia por meio das referências bibliográficas adotadas.
Fundamenta-se para trabalhar os conceitos democracia, orçamento e participação em autores como: Bovero (2002), Dias (2002), Ghon (2001), Souza (2006), Salles (2010), entre outros pesquisadores sobre o assunto.
Algumas barreiras existentes no instrumento acabaram por impedir a sua evolução. Entre essas barreiras ao OD está a resistência de gestores públicos em compreender o processo de participação organizado por este mecanismo democrático; isso nada mais é que o processo de resistência de mudança da cultura política.
Tal questão é destacada por Allegretti (2011) ao apontar que há muita dificuldade em abandonar velhos hábitos da cultura política tradicional. Não é difícil encontrar servidores que ignoram o papel fiscalizador e de controle exercido pelos conselheiros, negando muitas vezes informações ou não contribuindo para o desenvolvimento de suas atividades.
Nota-se ainda, a dificuldade em efetivar uma rede intersetorial entre os diversos órgãos da gestão municipal, representando também um sério problema, pois uma das essências para a realização da experiência de orçamento participativo é a promoção de uma reengenharia interna na gestão municipal, uma vez que os inputs passam a chegar à gestão de uma forma além de diferenciada, - intensa.
Diferenciada, porque é a gestão que está provocando os espaços para os inputs, e intensa, porque o volume de demandas (obras e serviços) é maior que em um modelo tradicional de gestão pública.
A intersetorialidade se reveste de importância, pois o OD não é uma secretaria fim, ou seja, uma secretaria que executa as demandas coletadas, mas uma secretaria meio que tem o papel de fornecer às demais secretarias e órgãos subsídios para que realizem o seu planejamento setorial.
Quando não há um diálogo entre as secretarias e órgãos que convirja nesse sentido há um prejuízo óbvio no produto final do Orçamento Democrático que é a demanda presente nas peças.
Atualmente, não é possível identificar nas peças orçamentárias qual dos programas e ações é de fato uma demanda do OD. Para se ter uma ideia da realidade, os conselheiros participam do processo de discussão na Câmara Municipal por meio das Audiências Públicas, no entanto, nem mesmo os conselheiros conhecem o conteúdo das peças, ou seja, se está contido ou não as demandas do OD.
Nesse sentido, se admitimos que a intersetorialidade é um instrumento fraco, pode-se deduzir que muitas das obras realizadas pela gestão e intituladas como OD, em geral, são meras coincidências.
É essencial que haja clareza do percurso que o produto da participação percorre, ou seja, os caminhos das demandas. A etapa do Planejamento Democrático visa contornar esse problema.
No entanto, mostra-se ainda ineficiente, necessitando de aprimoramento para alcançar os objetivos traçados com a sua criação, e por fim dar conta dessas limitações. Em suma, nota-se um hiato entre o momento da coleta das demandas e o percurso que estas realizam até que sejam efetivamente realizadas. Essa falta de clareza produz uma série de questionamentos e críticas com relação à dificuldade da gestão em dar conta das demandas sociais.
Outro desafio é evitar o refluxo da participação, ou seja, o esvaziamento das etapas do ciclo. Essa preocupação é salutar, porque manter um instrumento como esse é mais difícil que até mesmo criá-lo.
O descrédito do instrumento acontece quando a gestão não consegue corresponder às expectativas sociais geradas com este instrumento. No Orçamento Democrático o processo de coleta das prioridades é um das etapas mais delicadas entre as realizadas anualmente.
Desde a sua criação, realizou-se todo ano o processo de coleta de prioridades e demandas, gerando com isso além de expectativas entre os envolvidos, um generoso banco de demandas das mais variadas possíveis. Expectativas que, naturalmente, não são correspondidas, devido a capacidade limitada da gestão em atender todos os anseios da coletividade. Esse fato gera descontentamento, entre os atores evolvidos, prejudicando o processo de participação.
Mesmo com todo o processo de capacitação que a Secretaria executiva do Orçamento Democrático realiza com a finalidade de debater tanto sobre o a metodologia do instrumento quanto a capacidade orçamentária isso parece não surtir efeito, pois a rotatividade de participantes é muito grande.
Anualmente participam do instrumento centenas de pessoas, contudo pontualmente, em determinadas etapas do ciclo, não permitindo tempo suficiente para a construção de compreensões junto aos participantes a respeito dos limites e possibilidades da gestão pública municipal.
Outro fator identificado que pode contribuir para a diminuição da participação é a metodologia adotada. Como pode-se perceber ao discorrer sobre a metodologia do Orçamento Democrático neste trabalho, a experiência é marcada por uma permanente mobilização dos atores sociais, há uma rotina intensa de encontros organizada pela Secretaria do Orçamento Democrático, que além dos eventos oficiais das etapas do ciclo, há também um conjunto de outras atividades denominado extraciclo, como reuniões ordinárias e eventos realizados por outros órgãos da gestão em que são convidados.
Praticamente todos os eventos do Orçamento Democrático, exceto as reuniões dos conselheiros regionais, sempre são para um público grande.
O assembleísmo, adjetivo utilizado como crítica por muitos pesquisadores às diversas experiências metodológicas de OP, também pode ser aplicado ao Orçamento Democrático.
A existência na metodologia de várias assembléias, plenárias e audiências tornam-se um problema, na medida em que em geral não são espaços de deliberação, com exceção das audiências, o tempo utilizado para a realização desses eventos é praticamente o ano todo, e mal se termina uma etapa e já começa a outra, praticamente com as mesmas características. Trata-se de um verdadeiro frenesi participativo.
Os espaços de discussões acabam perdendo o atrativo aos olhos da população, isso se reflete na participação.
No entanto, vale ressaltar que as causas do fluxo e refluxo da participação na experiência de João Pessoa necessitam de um estudo específico.
O orçamento participativo permite ao gestor do instrumento, alcançar outros objetivos, menos evidenciados, de fato, mas óbvios. Trata-se de um instrumento que pode ser utilizado como estratégia de marketing. O contato com a população em geral permite a construção do personalismo.
A sociedade civil, também se beneficia do instrumento, conselheiros e delegados do OD já concorreram às eleições municipais. A utilização do instrumento como trampolim político também é constatado em outras experiências. É interessante como um instrumento poderoso de transformação política pode ser também utilizado como um poderoso instrumento nas estratégias político partidárias.
Traçando um diálogo sobre as perspectivas com relação ao instrumento – Orçamento Democrático, cabe ressaltar que a existência há seis anos representa que a prática da participação popular na discussão do orçamento público está se consolidando ano a ano.
A seriedade encontrada nos gestores do instrumento nos leva a deduzir a forte possibilidade de adaptações e inovações a fim de tornar o OD mais participativo, alargando o público envolvido.
Neste estudo foi possível perceber a importância das experiências dos Orçamentos Participativos para a mudança da cultura política brasileira, e principalmente da cidade de Uberlândia/MG.
Ao analisar a metodologia do Orçamento Democrático identificamos ao mesmo tempo avanços e desafios; constatamos ainda que a implementação do instrumento com sucesso só é possível por meio de uma intensa transformação da gestão pública em que requer vontade política, intersetorialidade e metodologia clara e flexível.
Contudo, essa transformação na prefeitura de Uberlândia/MG, em seis anos, ainda não se deu por completo.
Apesar das limitações, é importante ressaltar, que as ações realizadas pela gestão contribuíram significativamente para a melhoria da qualidade de vida, de várias localidades da cidade.
A inversão de prioridades, preconizada pelos OP é nitidamente percebida pela atenção disponibilizada pela prefeitura aos bairros mais carentes da cidade, mesmo avaliando que a metodologia atual do instrumento está saturada e incapaz de dar conta dos desafios que o instrumento enfrenta.
Portanto, cabe a sociedade explanar cada vez mais as suas demandas de forma consciente, com o uso de instrumentos democráticos, que sirvam como respaldo para a melhoria da gestão pública; enfatizando assim, as suas reais necessidades, proporcionando ainda, o aumento do bem estar e a qualidade de vida para todos, com educação, habitação, saneamento e saúde de qualidade garantidos pelo poder público.
Como recomendação para enfrentamento dos desafios apontados está a necessidade de adoção de medidas de caráter estruturante, uma vez que medidas paliativas não transformam práticas nem posturas.
Nesse sentido, há necessidade da reflexão profunda dos gestores do Orçamento Democrático sobre os avanços alcançados até hoje, os obstáculos a serem superados e o modelo de orçamento participativo que se pretende alcançar. Essa reflexão é importante e ao mesmo tempo difícil, pois requer uma visão que alcance a raiz do problema.
Existe ainda a necessidade de uma assessoria que contribua com a identificação dos desafios e a elaboração de propostas metodológicas para o instrumento.
Recomenda-se também o estreitamento das relações entre a Secretaria Executiva do Orçamento Democrático e a Secretaria de Planejamento, órgão responsável pela coordenação e elaboração das peças orçamentárias na perspectiva de identificar os programas e ações que visam atender as demandas do OD.
É imperiosa também a realização de encontros entre os gestores das secretarias municipais e o OD a fim de pensar o modelo de intersetorialidade que proporcione a solução para a fragilidade do planejamento orçamentário em torno das demandas do OD.
Por fim, espera-se que as reflexões tecidas ao longo deste artigo e futuros estudos contribuam para o crescimento de um instrumento que transformou as práticas políticas entre a Gestão Pública e a sociedade, fazendo parte da história da cidade de Uberlândia/MG

Referências

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[1] Aluno do Curso Lato Sensu em Gestão Pública, da Faculdade de Tecnologia Equipe Darwin/Brasília-DF. Graduado em Tecnologia em Logística/Universidade Anhanguera - UNIDERP. Funcionário público/Fiscal de transportes. Secretaria de Trânsito e Transporte do município de Uberlândia-MG.
[2] Professor Orientador da Faculdade de Tecnologia Equipe Darwin/Brasília-DF. Especialista de Educação. Psicólogo Clínico. Teólogo. Diretor da Consultoria SELF.

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