7 de abr. de 2020

ENSINO RELIGIOSO: MÍSTICA E ESPIRITUALIDADE


Mística e Espiritualidade
A palavra espiritualidade pode ser definida como a “... dimensão da pessoa humana que traduz, segundo diversas religiões e confissões religiosas, o modo de viver característico de um crente que busca alcançar a plenitude da sua relação com o Transcendente. Cada uma das referidas religiões comporta uma dimensão especifica a esta descrição geral, mas, em todos os casos, se pode dizer que a "espiritualidade" «traduz uma dimensão do homem, enquanto é visto como ser naturalmente religioso, que constitui, de modo temático ou implícito, a sua mais profunda essência e aspiração» (Ref. George Brown - "Spirituality: history and perspectives" – (http://pt.wikipedia.org/wiki/Espiritualidade - Acesso em 23 de setembro de 2007).
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de Ensino Religioso o termo espiritualidades se refere aos “... métodos utilizados pelas diferentes tradições religiosas no relacionamento com o Transcendente (ou Imanente), consigo mesmo, com os outros e o mundo”. (FONAPER, 2001).
Portanto, as espiritualidades são métodos ou práticas que permitem uma imediata relação com o Sagrado. As espiritualidades são práticas indispensáveis na vida dos seguidores de muitas tradições religiosas e místicas, são meios que podem alimentar e fortalecer a fé dos adeptos.
A prece, a oração ou a reza, a recitação do rosário, o japa mala, a leitura devocional de um texto sagrado, a entoação de hinos sacros, de cânticos litúrgicos ou mantras, os diversos métodos de meditação, as danças sagradas, são alguns entre outros exemplos de espiritualidades.
Muitas tradições religiosas incentivam a prática regular dessas espiritualidades para que os adeptos possam manter-se em comunhão ou sintonia com o Sagrado, bem como desenvolver gradativamente o autoconhecimento e crescimento espiritual.
É importante que o(a) professor(a) de Ensino Religioso compreenda que o trabalho pedagógico com este conteúdo visa a decodificação do fenômeno religioso por meio da análise das diversas espiritualidades utilizadas pelas tradições religiosas e místico-filosóficas.
Sendo assim, busca-se conhecer e interpretar as diferentes espiritualidades como manifestações do sagrado presentes nas diversas culturas religiosas. Não cabe à escola propor a vivência destas práticas espirituais aos alunos com o intuito de adesão às mesmas, mas a socialização do conhecimento do fenômeno religioso, conforme já mencionado. “Por questões éticas e religiosas, e pela própria natureza da escola (pública e laica), não é função dela propor aos educandos a adesão e vivência desses conhecimentos, enquanto princípios de conduta religiosa e confessional, já que esses são sempre propriedade de uma determinada religião” (FONAPER, p.22, 2001).

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