Mística e Espiritualidade
A
palavra espiritualidade pode ser definida como a “... dimensão da pessoa humana
que traduz, segundo diversas religiões e confissões religiosas, o modo de viver
característico de um crente que busca alcançar a plenitude da sua relação com o
Transcendente. Cada uma das referidas religiões comporta uma dimensão
especifica a esta descrição geral, mas, em todos os casos, se pode dizer que a
"espiritualidade" «traduz uma dimensão do homem, enquanto é visto
como ser naturalmente religioso, que constitui, de modo temático ou implícito,
a sua mais profunda essência e aspiração» (Ref. George Brown -
"Spirituality: history and perspectives" –
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Espiritualidade - Acesso em 23 de setembro de
2007).
Segundo
os Parâmetros Curriculares Nacionais de Ensino Religioso o termo
espiritualidades se refere aos “... métodos utilizados pelas diferentes
tradições religiosas no relacionamento com o Transcendente (ou Imanente),
consigo mesmo, com os outros e o mundo”. (FONAPER, 2001).
Portanto,
as espiritualidades são métodos ou práticas que permitem uma imediata relação
com o Sagrado. As espiritualidades são práticas indispensáveis na vida dos
seguidores de muitas tradições religiosas e místicas, são meios que podem
alimentar e fortalecer a fé dos adeptos.
A
prece, a oração ou a reza, a recitação do rosário, o japa mala, a leitura
devocional de um texto sagrado, a entoação de hinos sacros, de cânticos
litúrgicos ou mantras, os diversos métodos de meditação, as danças sagradas,
são alguns entre outros exemplos de espiritualidades.
Muitas
tradições religiosas incentivam a prática regular dessas espiritualidades para
que os adeptos possam manter-se em comunhão ou sintonia com o Sagrado, bem como
desenvolver gradativamente o autoconhecimento e crescimento espiritual.
É
importante que o(a) professor(a) de Ensino Religioso compreenda que o trabalho
pedagógico com este conteúdo visa a decodificação do fenômeno religioso por meio
da análise das diversas espiritualidades utilizadas pelas tradições religiosas
e místico-filosóficas.
Sendo
assim, busca-se conhecer e interpretar as diferentes espiritualidades como
manifestações do sagrado presentes nas diversas culturas religiosas. Não cabe à
escola propor a vivência destas práticas espirituais aos alunos com o intuito
de adesão às mesmas, mas a socialização do conhecimento do fenômeno religioso,
conforme já mencionado. “Por questões éticas e religiosas, e pela própria
natureza da escola (pública e laica), não é função dela propor aos educandos a
adesão e vivência desses conhecimentos, enquanto princípios de conduta
religiosa e confessional, já que esses são sempre propriedade de uma
determinada religião” (FONAPER, p.22, 2001).
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