A proposição deste trabalho é apresentar a administração no que diz respeito a sua essência, revelando sua origem, também apresentando o seu papel dentro da eclésia, ou seja, dentro da igreja com o objetivo de mostrar biblicamente ações que estão em paralelo com os princípios da literatura administrativa.
Para uma melhor compreensão da administração, faz-se necessário apresentá-la de forma a compreender sua origem e suas principais diretrizes de pensamento, a fim de compreender o motivo pelo qual ela se torna tão flexível em sua aplicação nos diferentes setores da sociedade.
Chiavenato (2003) apresenta a seguinte conceituação." A palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister (subordinação ou obediência) e significa aquele que realiza uma função sob o comando de outrem, isto é, aquele que presta um serviço a outro".
Com o passar dos anos, a administração tomou formatações diferentes no que diz respeito a sua definição, tornando-a de certa forma diferente da sua origem, chegando ao ponto que Chiavenato define a administração da seguinte forma, “administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos organizacionais” (CHIAVENATO, 2003).
Essa forma de compreender o papel da administração mostra que esta é uma ciência e/ou um processo mais abrangente que somente comandar um negócio. O entendimento de que a administração se aplica somente à área empresarial é uma forma limitada de compreender a sua dinâmica, tendo em vista as diferentes áreas de trabalho que ela tem. A administração é necessária tanto, em uma empresa, quanto em uma instituição sem fins lucrativos e até mesmo na vida pessoal.
A tendência de pensar que a administração como matéria é algo somente do meio empresarial, vem dos seus embasamentos decorrentes de grandes pensadores que desenvolveram o início do pensamento administrativo para as organizações. “O principal objetivo da administração deve ser o de assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado”.(TAYLOR, 1990)
Ao ler essa definição, pode-se entender que a administração está voltada somente para o cenário empresarial, porém é importante analisar que Taylor, um dos grandes nomes da administração, teve seus embasamentos administrativos concernentes à época de sua existência, entre 1856 e1915, período de ascensão da indústria, onde ele procurou aperfeiçoar a relação da produtividade.(TAYLOR, 1990) Na atualidade, as considerações administrativas propostas por Taylor não devem ser desconsideradas, mas se faz necessário entender que a administração não é exclusividade de indústrias e empresas. Por mais que ela tenha frutificado suas diretrizes nesse meio, a atualidade compreende que a administração está presente em outros setores e linhas de estudos.
A busca por uma melhor compreensão da administração encontra várias fontes de raciocínio, que juntas formam o que é chamado de Teoria Geral da Administração – TGA.
A Teoria Geral da Administração começou com a ênfase nas tarefas (atividades executadas pelos operários em uma fábrica), por meio da Administração Científica de Taylor. A seguir, a preocupação básica passou para a ênfase na estrutura com a Teoria Clássica de Fayol e com a Teoria da Burocracia de Weber, seguindo-se mais tarde a Teoria Estruturalista. A reação humanística surgiu com a ênfase nas pessoas, por meio da Teoria das Relações Humanas, mais tarde desenvolvida pela Teoria Comportamental e pela Teoria do Desenvolvimento Organizacional. A ênfase no ambiente surgiu com a Teoria dos Sistemas, sendo completada pela Teoria da Contingência. Essa, posteriormente, desenvolveu a ênfase na tecnologia. Mais recentemente, as novas abordagens trouxeram à tona a emergente necessidade de competitividade das organizações em um mundo globalizado e carregado de mudanças e transformações. Assim, cada uma dessas seis variáveis - tarefas, estrutura, pessoas, ambiente, tecnologia e competitividade - provocou a seu tempo uma diferente teoria administrativa, marcando um gradativo passo no desenvolvimento da TGA. Cada teoria administrativa privilegia ou enfatiza uma ou mais dessas seis variáveis. (CHIAVENATO, 2003)
Essas linhas de pensamentos que a administração segue, foram se moldando com o passar dos anos, atendendo as necessidades que a sociedade foi produzindo. Dessa forma, cada linha de pensamento está voltada para atender uma ênfase conforme a necessidade da organização. Fato que torna a administração imprescindível de ser aplicada nas organizações. “A Administração tornou-se fundamental na condução da sociedade moderna. Ela não é um fim em si mesma, mas um meio de fazer com que as coisas sejam realizadas da melhor forma, com o menor custo e com a maior eficiência e eficácia”. (CHIAVENATO, 2003)
Pode-se entender a aplicação da administração dentro das organizações, como uma ferramenta para atingir os objetivos com um melhor aproveitamento.
Esse movimento organizacional torna as atividades mais complexas, necessitando de uma boa estruturação para que seja possível atingir os objetivos de qualquer organização. “No âmbito da organização, é a administração que cabe a tarefa de pensar e definir objetivos, valores e metas a serem atingidos e resguardados”.(RICCIO, 2012) O fato de a igreja estar organizada de forma coletiva, ou seja, trabalhar com pessoas para atingir os seus objetivos, possibilita o emprego da administração no que diz respeito ao desenvolvimento da coletividade dos envolvidos.
A Administração é uma atividade essencial a todo esforço humano coletivo, seja na empresa industrial, na empresa de serviços, no exército, nos hospitais, na Igreja etc. O ser humano cada vez mais necessita cooperar com outras pessoas para atingir seus objetivos. Nesse sentido, a Administração é basicamente a coordenação de atividades grupais.
A administração é uma ferramenta que ajuda as pessoas a conviverem e trabalharem em grupo. Esse pensamento coletivo fortalece a unidade, provocando um comprometimento mútuo entre os participantes da organização. A administração é uma ciência que ao longo do tempo tem acumulado conhecimento. “A estrutura da Igreja Católica serviu de modelo para muitas organizações que, ávidas de experiências bem-sucedidas, passaram a incorporar uma infinidade de princípios e normas administrativas – Organização do tempo, hierarquia de autoridade e coordenação funcional”.(ANDRADE, 2007) O modelo da igreja certamente foi uma influência de respeito e um exemplo positivo para a implementação de princípios na administração cotidiana das organizações.
Por fim, faz-se necessário entender que a administração é uma ciência complexa devido a sua amplitude de aplicação, que é cheia de variáveis em sua execução.
Administrar não é fazer “mil coisas”. De acordo com Kessler & Câmara, (1987) administrar é a “ciência de gerar um organismo retirando-o da inércia, levando-o a melhor funcionalização dos recursos que justificaram sua criação, com o menor dispêndio (gasto) e sem lhe comprometer o futuro”. É distribuir as responsabilidades e não “executar todas as tarefas”. É fazer com que todos participem do trabalho. Não se deve confundir isso com exploração dos outros. O bom administrador leva as pessoas a realizar suas tarefas cada vez melhor e a se realizarem no trabalho.
Uma vez que já se tem o entendimento sobre o uso da administração, é importante saber a relação entre a administração e a Igreja. Para isso, faz-se necessário também entender o que é igreja. Severa traz, em sua obra sobre teologia sistemática, a seguinte compreensão:
“A palavra grega para igreja é ekklesia, que aparece 114 vezes no Novo Testamento e traduz a palavra hebraica gahal do Antigo Testamento. Ekklesia tem o sentido etimológico de “chamar” ou “chamar para fora” e designava, no grego clássico, uma assembleia dos cidadãos de uma localidade. Gahal, no Antigo Testamento, aplicava-se ao povo de Deus reunido em assembleia. (SEVERA, 1999).
A atual compreensão de igreja é decorrente desse termo empregado no contexto bíblico. A expressão igreja pode ter dois sentidos para a interpretação no seu sentido prático, sendo aplicada na forma de igreja universal e igreja local. “No aspecto universal, igreja significa a totalidade daqueles que em todas as épocas e lugares confessam a Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas”, “em sentido local, igreja significa um grupo de crentes em cristo numa dada localidade geográfica”.
Sendo assim, a administração eclesiástica, ou administração da igreja presente nesta pesquisa, está relacionada à igreja local, pois está relacionada prioritariamente em ações organizacionais. Compreender claramente qual é o objetivo da igreja local e o porquê das pessoas se envolverem com a estrutura organizacional, facilita a compreensão das ações desenvolvidas na gestão administrativa da igreja. Então, busca-se compreender o que é a igreja local mais profundamente.
A Igreja local de acordo com Martins (2002) é uma comunidade de pessoas que pela fé e obediência estão unidas a Cristo, e, organizadas, promovem o Seu reino. Igreja local é uma congregação composta de pessoas professas em Jesus Cristo, regeneradas e batizadas que, voluntariamente se reúnem sob as leis do evangelho de Cristo, procurando estender o reino de Deus não só em suas vidas, mas nas de outros, através da adoração a Deus, comunhão, serviço, evangelização e edificação própria.
As igrejas são compostas por pessoas que querem cumprir o propósito de servir a Cristo. Este leva as pessoas a unirem forças e recursos, para que seja alcançada a vontade de Deus. “O propósito final da igreja é a glorificação de Deus (Rm 15 .6,9; Ef 1.6,12,14; 3.21; 2 Ts 1.12; 1 Pe 4.11). Ela cumpre esse seu propósito ao desenvolver sua função no mundo na adoração, evangelização, edificação e serviço”. A igreja local necessita de uma organização que venha coordenar a estrutura e objetivos. Para tanto, uma vez que se tem conhecimento sobre as definições da administração e de igreja, faz-se relevante pensar as ações dessa união entre a administração e a igreja.
Essa união gera a administração eclesiástica, que está relacionada ao serviço prestado pelas lideranças na igreja. Assim, surge a administração eclesiástica que é “o estudo dos diversos assuntos ligados ao trabalho do pastor no que tange à sua função de líder ou administrador principal na igreja a que serve”. O serviço de administração que cada igreja adota é de suma importância para atingir os propósitos da organização, independentemente de quem é o líder principal da organização, seja o pastor ou outra liderança dentro da igreja. Porém, como Carvalho já salienta, “enquanto a organização do mundo dos negócios visa, antes de mais nada, tal como acontece com o planejamento de mercado, resultados traduzidos em lucros monetários, a igreja não tem, e nem podia ser de outra forma, a finalidade no sentido comercial do termo”.(CARVALHO, 1997) Apesar de a igreja fugir da visão da lucratividade, comercialização, estratégias mercantis, entre outros aspectos que estão ligados a estruturas que buscam a lucratividade, a igreja pode usufruir dos benefícios que a administração traz para organizações sem fim lucrativo, como é o caso das igrejas.
Existe certamente um perigo quando a administração se torna uma ferramenta que não cumpre o propósito central de igreja. Pois “a Igreja deve cumprir dignamente a sua missão, pois do contrário, ficará espiritualmente doente, ao tentar funcionar de uma forma que o Senhor nunca pretendeu que funcionasse”. O maior perigo quando se usa a ferramenta da administração dentro da igreja, é torná-la uma estrutura mercantil, voltada somente para atender necessidades financeiras ou até mesmo para servir os seus membros ao invés de atender o propósito de glorificar a Deus.
Porém, para que o trabalho da igreja cresça, faz-se necessário o emprego de algumas atitudes, e por consequência a igreja necessita ter uma estrutura para a gestão dos seus recursos. “A igreja precisa de alguma organização para poder cumprir o seu propósito aqui na terra. Por isto mesmo ela tem estrutura, governo, disciplina, local de reunião, programas, etc., que devem ser adequados à condição de cada igreja”. Na igreja, é preciso entender que existe a questão da fé, que proporciona um objetivo de vida. Na mesma perspectiva, ela também se depara com aspectos que vêm depois, tais como a organização. Quando a igreja se consolida como grupo de pessoas, que se organiza em um local pré-definido, é indispensável que ela pense a sua estrutura de governo, para que seja possível pensar a sua forma de trabalho, os seus modelos de programação, suas estratégias de sustentabilidade, como estrutura física, entre outras questões que implicam a organização.
A organização estrutural e administrativa da igreja tem grande abrangência, atingindo os diversos departamentos. Ou seja, a administração eclesiástica é imprescindível para que a igreja tenha êxito no seu desenvolvimento organizacional. Essa estruturação vai depender da complexidade que cada igreja tem. A definição da proporção organizacional vai depender do tamanho da estrutura envolvida, seja em número de pessoas, estrutura, programações, entre outros.
Conforme Kilinski & Wofforf (1987) as dimensões da organização determinam sua comunicação formal, delegação de autoridade, áreas de jurisdição e deveres do cargo. Estas dimensões incluem a cadeia de comunicação, divisão do trabalho, extensão da gerencia, descentralização e descrição de cargos.
A busca pela melhora constante dentro da organização, independentemente do seu tamanho, vai ajudar a igreja a atingir os seus propósitos. Essa pode ser uma das justificativas para o uso da administração nas igrejas, as quais têm por objetivo glorificar a Deus, de congregar e anunciar o evangelho. Para que tais objetivos possam ser alcançados, é preciso executar tudo com ordem e decência. Isso significa zelar pelos setores que estão envolvidos no propósito específico da igreja, assim atendendo planejamento pessoal e de recursos, pensando nas suas execuções, de forma que não se faça nada de forma automática e sem planejamento.
A administração pode ser encontrada na Bíblia com aplicações que atualmente entendemos como estratégias administrativas que nos tempos bíblicos já eram aplicadas. “Em muitos casos, a Bíblia tem sido citada por sua demonstração de princípios administrativos. Um dos exemplos mais notórios é a linha de autoridade estabelecida por Moisés em atenção ao conselho de Jetro, seu sogro”. Essa história é relatada no livro de Êxodo, onde o sogro de Moisés vê que este estava sobrecarregado de funções e apresenta uma estratégia para melhorar os trabalhos desenvolvidos sobre a liderança de Moisés.
A atitude de Moisés é claramente uma ação administrativa. Anteriormente, já foi citado que administrar não é fazer “mil coisas”, mas é ter a capacidade de gerenciar as demandas e fazer com que as necessidades do grupo sejam supridas. Quando se visualiza o exemplo de Jetro, compreende-se que essa é uma atitude muito empregada dentro da atual administração, podendo ser empregada pela questão de delegar funções e o uso de hierarquias. A administração não é citada diretamente na Bíblia, porém muitos líderes bíblicos tomaram atitudes que estão em conformidade com princípios de administração. “No A.T, há ainda muitos outros exemplos de organização e técnica administrativa, como a administração de José, do Egito, a reconstrução de Jerusalém por Esdras e Neemias, etc.”. José teve o governo do Egito em suas mãos, conforme registro em Gênesis.
O discernimento de José, fez com que o faraó o nomeasse governador do Egito, com a finalidade de administrar os suprimentos. Sem dúvida, Deus deu discernimento a José para interpretar o sonho e o capacitou para desenvolver um planejamento que foi do agrado do faraó. A administração sempre presa pelo planejamento e boa gestão de recursos, e essas são características presentes na história de José do Egito.
A história de Neemias também relata ações parecidas. Nos primeiros capítulos do livro de Neemias na Bíblia, quando ele conversa com o rei, pedindo suprimentos e autorizações que facilitariam o desenvolvimento da reconstrução dos muros de Jerusalém. Além de provisionar os suprimentos, Neemias também faz uma verificação dos muros, para saber em que situação estavam, a fim de planejar a reconstrução. Após levantar recursos, e tomar conhecimento da situação e planejar a ação de reconstrução, Neemias levanta pessoas para trabalhar ao seu lado, motivando aqueles que trabalhariam junto com ele. Aqui, pode-se ver mais uma ação administrativa muito presente que é a gestão de pessoas, pois para a realização desse trabalho, haveria muitos outros trabalhos envolvidos por traz da reconstrução dos muros, a exemplo do provisionamento de alimento e o preparo desses.
Quando se analisa o Novo Testamento, também se pode encontrar novas ações administrativas presentes na Bíblia. Jesus, em seus ensinos, faz a menção da importância do bom planejamento, Lucas 14.28-32.
Nesse texto, Jesus estava explicando a importância de planejar, de pensar antes de tomar uma decisão. Ele mostrava que haveriam algumas consequências para aqueles que gostariam de segui-lo e explicou que essa decisão era similar ao planejamento do dia a dia. Aqui está presente uma ação administrativa de planejamento. Pelo ensino de Cristo, pode-se ver que é preciso pensar antes de agir. Jesus também tomou mais atitudes que demonstram organização no desempenho de ações em que ele estava presente. Em Lucas 9.10-17 está relatado o milagre da multiplicação de 5 pães e 2 peixes, para mais de 5 mil pessoas, mas, nesse acontecido, também se pode ver que Jesus pediu para que os discípulos acomodassem as pessoas sentadas em grupos de 50. Essa forma de organização facilitou o trabalho de distribuição dos alimentos, o que demonstra mais uma estratégia de gestão de pessoas.
“No começo, tudo era muito simples, mas já havia nas igrejas do Novo Testamento pelo menos dois cargos diferentes”. Essa questão hierárquica já apresentada anteriormente como uma das partes onde a igreja influenciou a administração é encontrada na Bíblia, quando o apóstolo Paulo escreve em 1 Timóteo 3.4-5: “Ele deve governar bem sua própria família, tendo os filhos sujeitos a ele, com toda a dignidade. Pois, se alguém não sabe governar sua própria família, como poderá cuidar da igreja de Deus?”. Assim, é apresentada a necessidade de liderança e sujeição ao líder dos liderados, a começar na casa do líder. De forma que transmita segurança para seus liderados através do exemplo de casa. Nessa questão, o pastor da igreja exerce liderança sobre os membros da igreja e os membros são conduzidos por seu pastor. Fato importante é que o pastor não é a única liderança dentro da igreja, mas Paulo também orienta outros líderes, que são chamados de Diáconos, conforme está escrito em 1 Timóteo 3.8. Esse reconhecimento de funções diferentes demonstra que a igreja local é direcionada biblicamente, para ter um comportamento organizacional e hierárquico. O texto de Efésios 4.11-12 diz: “E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado”. Esse texto apresenta a vontade de Deus, de organizar o trabalho da igreja, mostrando que as pessoas têm funções diferentes umas das outras, mas com um só propósito. Esse é um trabalho em equipe que é desenvolvido dentro da organização da igreja. A necessidade de gestão de pessoas é um assunto muito presente nas instruções de Paulo que podem ser vistas no texto de 1 Coríntios 12.12-31.
Esse texto é capaz de apresentar dois princípios usados na administração: a questão da hierarquia e a setorização de funções. Paulo apresenta as autoridades, sendo primeiramente Cristo como cabeça da igreja e, posteriormente, cada membro com uma função diferente em diferentes áreas. Ele salienta que a igreja não pode ser composta de pessoas que têm o mesmo dom e apresenta a necessidade da diversidade de habilidades. Fato importante é que, no versículo 28, Paulo atribui a administração dentro da igreja como um dom, e ao final de sua fala, no versículo 30, ele orienta a necessidade de buscar os melhores dons. Sendo assim, essa busca deve atender à necessidade da igreja local.
Ao compreender as características que a administração como ciência apresenta, torna-se mais fácil compreender que a mesma está presente nos ensinos bíblicos. Esse aspecto mostra que a estrutura eclesiástica, uma vez que é regida pelos princípios bíblicos, também leva em conta as diretrizes administrativas presentes na Bíblia. A boa atenção aos detalhes desse ponto de vista acrescenta um direcionamento administrativo à igreja local.
ANDRADE, Rui Otávio de; AMBONI, Nério. Teoria Geral da Administração –
Das origens às perspectivas contemporâneas. São Paulo: M. Books do Brasil,
2007.
CARVALHO, Antônio Vieira de. Planejando e administrando as atividades da igreja. (Série Eclésia; 2). São Paulo: Exodus, 1997
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. Ver. e atual. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.
KESSLER, Nemuel; CÂMARA, Samuel. Administração eclesiástica. Rio de Janeiro, Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1987
KILINSKI, Kenneth K; WOFFORF, Jerry C. Organização e liderança na igreja local. São Paulo: Vida Nova, 1987.
MARTINS, Jaziel Guerreiro. Manual do pastor e da Igreja. Curitiba: A.D. Santos, 2002.
RICCIO, Vicente. Administração geral. Rio de Janeiro: FGV, 2012.
SEVERA, Zacarias, de Aguiar. Manual de Teologia Sistemática. Curitiba: A.D. Santos, 1999.
TAYLOR, Frederick
Winslow. Princípios de administração cientifica. Tradução de Arlindo Vieira, 1990.
Nenhum comentário:
Postar um comentário