A igreja é uma organização que tem seus trabalhos desenvolvidos por diferentes pessoas, com um mesmo objetivo que é traçado pela mesma. Essa estrutura exige que todos estejam trabalhando de forma cooperativa, sendo necessária a existência de lideranças e trabalhando a aplicabilidade das habilidades de cada indivíduo envolvido. Assim, faz-se necessário compreender como essa cooperação pode ser melhor trabalhada.
No contexto de igreja, as relações de liderança sempre estão presentes, ainda mais em uma comunidade cuja participação das pessoas é voluntária. Segundo Landers (1987), a igreja não existe para servir o líder, mas ela não pode cumprir suas funções sem liderança, o que muitas vezes pode não acontecer em uma empresa em que as pessoas envolvidas necessitam servir ao propósito que o líder direciona. Na igreja o papel da liderança é conduzir os membros aos objetivos comuns e não somente os traçados por um idealizador.
Para auxiliar na condução dos trabalhos da igreja, é preciso que as lideranças trabalhem como influenciadores positivos dos seus liderados, uma vez que eles trabalham voluntariamente. Conforme Rezende (2008), liderança é a capacidade inteligente de influenciar outras pessoas ou organizações e de gerar seguidores para atingir objetivos determinados.
Essa habilidade vai facilitar a coordenação da equipe de trabalho na igreja, a qual conta com vários departamentos, que existem para cumprir um ou mais objetivos que a igreja como um todo tem. Para isso, o aspecto da liderança precisa ser trabalhado em todos os departamentos da igreja, não somente o pastor ou o presidente precisam ter essa capacidade, mas todos os líderes de departamentos ou funções que exijam o trabalho em grupo. Um dos diferenciais da liderança também é essa capacidade de ser seguido, não de forma impositiva, mas pela sua capacidade de contagiar os seus liderados para atingir objetivos específicos.
Richards e Martin(1984) em sua obra Teologia do ministério pessoal expõe que a autoridade do líder na igreja difere daquela do líder secular. A autoridade secular reivindica um direito de controle que o líder cristão rejeita. A autoridade secular se apoia num poder coercivo para comandar o comportamento. O líder cristão também rejeita isto. Em lugar dessas coisas, o líder cristão procura ajudar os crentes a amadurecerem até o ponto do compromisso pessoal e resposta à voz de Deus. O líder cristão reivindica assim um direito dado por Deus para exercer influência.
O líder tem a função de conduzir seus liderados, porém é necessário que o mesmo entenda como seu papel deve ser desempenhado dentro da igreja. O papel do líder dentro da igreja está associado à condução da vontade de Deus.
A liderança não deve ser impositiva, que obriga as pessoas a desempenhar atividades, mas deve ser coordenadora, estimuladora, para que as pessoas possam cumprir o propósito de Deus para a igreja e para o indivíduo.
O primeiro líder que a igreja tem em seu exercício é o pastor, o qual conduz o trabalho ministerial de forma geral. Os líderes espirituais desempenham um papel importante ao auxiliarem os membros do corpo a ouvir, avaliar e responder a voz de Deus. Isso demonstra que as lideranças espirituais da igreja exercem uma tarefa de muita importância na organização.
O pastor é o líder espiritual da igreja de forma geral, mas, em cada departamento existe um líder que instrui seus liderados a atingirem os objetivos anteriormente traçados, sejam eles pela igreja ou pelo departamento.
É importante que a ideia de liderança seja bem entendida para que não seja confundida com a chefia. O liderar para Dusilek (1990) é um processo cooperativo, onde o líder e liderados interagem para a concretização de objetivos comuns.
Esse entendimento precisa estar claro principalmente para o líder, pois ele precisa saber que os seus liderados, são facilitadores que o estão auxiliando na conquista de um objetivo. Também é preciso que o líder tenha habilidade de motivar os liderados, para que eles tenham a compreensão de que eles fazem parte do processo de conquista e que eles estão trabalhando unidos em prol de um objetivo comum.
Líderes como apresenta Reimer (2001) são pessoas que dispõe de um carisma que lhes possibilita transmitir sua própria visão a outros. O carisma é um facilitador, pois auxilia na relação com o líder, uma vez que existe uma empatia e uma capacidade motivacional de comprometimento entre as partes, tornando a visão do líder o objetivo comum para todos. Isso demonstra a necessidade de a visão do líder também ser clara, para que todos saibam para onde ele quer levar o grupo.
Robinsons (2000) defende o ponto de vista de que o dom de administração/liderança é a habilidade especial dada por Deus para reconhecer os dons dos outros, recrutá-los e engajá-los no ministério. Eles têm a habilidade de organizar e gerenciar pessoas, recursos e tempo para um ministério eficiente. Possuem a habilidade de coordenar detalhes e executar os planos de liderança.
Essa habilidade de liderar é apresentada, por Robinsons, como um dom dado por Deus. Fato é que liderar está relacionado com o que foi tratado nos capítulos anteriores, tendo a capacidade de executar o que foi planejado, organizar e coordenar pessoas. A habilidade de executar planos é um aspecto que demonstra que, na estrutura da igreja, os departamentos necessitam de líderes para desenvolver os trabalhos e não somente ter o pastor como líder.
Martins (2002), em sua obra, coloca algumas características para que um líder seja escolhido:
a) O líder deve ser um cristão genuíno, ativo e comprometido com o Reino de Deus.
b) O líder precisa ter uma vida moral condizente com os padrões bíblicos.
c) O líder deve ser um bom mordomo de sua vida e seus talentos, devendo ser um dizimista fiel.
d) O líder precisa ser uma pessoa leal ao Pastor, aos companheiros, à igreja e à sua denominação.
e) O líder deve ter as habilidades necessárias para exercer a sua função.
Basicamente, os cinco pontos listados por Martins compreendem ao exemplo apresentado pelo líder, fato que aponta as ações comportamentais, sejam elas em relação a Deus ou em relação às pessoas que estão ao seu redor.
O conhecimento da área onde desenvolve o trabalho de liderança também é um aspecto importante, pois é através do seu conhecimento que as ações serão tomadas. Para isso, faz-se necessária certa capacitação na área na qual exercer liderança. Certamente o nível de conhecimento para certas áreas não será um empecilho se o líder for assistido por pessoas que possam ajudá-lo no desempenho da função.
A capacidade de liderar está enraizada na forma de agir do líder, ela abrange nossa maneira de lidar com a família, amigos, trabalho e passatempos. Dessa forma o jeito do líder agir está relacionado como ele se relaciona com as pessoas nas outras atividades. A finalidade de qualquer trabalho de liderança deve estar focada na pessoa de Deus. Robinsons (2000) fala que o líder é capaz de unificar todos os membros do corpo, motivá-los e levá-los a realizar grandes feitos para a glória de Cristo. O sucesso da liderança é mensurado pela capacidade de levar o seu grupo a atingir os objetivos com motivação.
Um dos aspectos importantes dentro de qualquer organização é a relação entre as pessoas, e na igreja isso não é uma exceção. A necessidade de ajuda mútua é biblicamente algo que facilita a vida das pessoas. Em Eclesiastes 4:9-10 diz “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante”. Essas relações pessoais vão influenciar as demais áreas da igreja, uma vez que seu funcionamento está ligado ao trabalho em grupo das pessoas envolvidas. Não poderia ser diferente o exemplo bíblico para o comportamento das pessoas que fazem parte da igreja.
Getz (1994) já expressava sobre o poder do amor. É interessante notar que as epístolas contêm poucas instruções acerca da evangelização direta, tal como era praticada por aqueles que “viajavam” no livro de Atos. Deu-se grande importância à responsabilidade “do corpo”. O destaque na “apresentação verbal” do evangelho estava subordinada à “manutenção de um relacionamento dinâmico dentro da igreja” e à “manutenção de um relacionamento amoroso e exemplar” com as pessoas do mundo.
Muitas cartas paulinas são direcionadas ao trabalho das forças internas das igrejas, no que diz respeito ao fortalecimento dos relacionamentos. As viagens que o livro de Atos apresenta, mostram que Paulo viajava e formava grupo de pessoas que se constituíam igrejas, que posteriormente ele auxiliaria nos relacionamentos e soluções de conflitos. Cultivar o amor ao próximo como nos ensina Jesus Cristo é algo desafiador, pois exige de nós um equilíbrio emocional e maturidade espiritual. Não amamos o próximo para ganhar o céu; mas, porque ganhamos o céu, nós amamos o próximo. Esse deve ser o pensamento da unidade da igreja que quer cumprir o propósito de Deus. É preciso que os membros da igreja compreendam que a fé em Cristo direciona todos a viverem em unidade e amor uns pelos outros. Como dito por Dusilek (1990), esse é um desafio para os cristãos.
O trabalho da igreja é um aspecto que vem do poder de Deus, ferramentas podem ajudar, mas o Espírito capacita os regenerados a cumprir o propósito divino, o qual também é promover unidade no corpo da igreja. Por isso o amor é um atributo fundamental nos relacionamentos da igreja. O Espírito zela pela manutenção da relação pessoal em amor entre os irmãos, como também pela cooperação na obra do evangelho.
O trabalho na igreja necessita da boa cooperação entre os membros, para conseguir alcançar os objetivos propostos. Essa capacitação que Deus dá, possibilita o bom relacionamento, de forma que os que buscam o amor, encontrão Deus.
O modelo congregacional de organização de igreja é um modelo que necessita muito das boas relações entre as pessoas. Os diversos tipos de governo eclesiásticos podem organizar e devem trazer ordem e disciplina na igreja local. O próprio conceito de Corpo de Cristo fala da qualidade dos relacionamentos e da responsabilidade mútua. O relacionamento entre aqueles que fazem parte do corpo, precisa estar em sincronia para que eles possam andar juntos. Da mesma forma, deve existir respeito entre todos, para que haja controle.
Os relacionamentos são vitais para o sucesso de qualquer igreja. A igreja é uma instituição que não busca lucratividade e conta com a ajuda mútua para atingir seus objetivos. Drucker (1994) em sua obra aponta que uma das diferenças básicas entre organizações sem fins lucrativos e empresas é que aquelas têm, tipicamente, muito mais relacionamentos de importância vital. A vitalidade aparece pela necessidade de cooperação voluntária que existe dentro da instituição eclesial. O bom andamento das atividades ocorre através do trabalho voluntário, diferenciando-se das empresas onde as pessoas são contratadas e tem obrigações a cumprir.
Quando tratamos do impacto dos relacionamentos sobre os ministérios pessoais, precisamos lembrar que Deus sempre se interessou pelo desenvolvimento das relações pessoais em amor. O amor entre os crentes é central para a natureza de Deus e portanto para a natureza da comunidade cristã. O amor por aqueles fora da comunidade da fé faz também parte da natureza essencial de Deus. Ele amou mesmo quando ainda éramos inimigos (Rm 5.8, 10). É impossível imaginar uma comunidade cristã vital sem objetivar um povo cheio de amor que expresse esse sentimento de maneira prática e significativa.
A necessidade do bom relacionamento dos membros de uma igreja está relacionada ao cumprimento da vontade de Deus, uma vez que o mesmo quer que as pessoas se amem e amem também aqueles que não fazem parte do seu convívio. Quando o bom relacionamento existe na igreja, ele se estende para as pessoas que estão fora da convivência.
O bom exemplo motiva as pessoas que se achegam a igreja, pois veem um grupo de pessoas que buscam relacionamentos firmados no amor cristão. O descumprimento do exercício do amor dentro da igreja, e a falta de relacionamentos verdadeiros, implica na desobediência a Deus, uma vez que Ele deseja que os cristãos se amem uns aos outros.
Cordeiro (2012) fala que os relacionamentos saudáveis na igreja são abençoados por Deus e diz que isso acontece quando as pessoas se dão bem umas com as outras, quando a igreja promove e encoraja o senso de união no vínculo do amor. Ter essa característica não significa que todos dentro da igreja concordam sempre com tudo, ou que nunca existem problemas. Significa apenas que, quando os problemas ocorrem, dedicamos tempo e esforço para resolvê-los de maneira adequada.
A maturidade e a dedicação estão presentes novamente na igreja que busca o amor nos relacionamentos. Um aspecto importante é a questão da maturidade no que diz respeito ao modo como as pessoas resolvem seus problemas dentro da igreja. A possibilidade de uma igreja existir sem ter problemas de divergência de ideias é praticamente uma utopia, uma vez que a comunidade da igreja é composta por pessoas com diferentes pontos de vista e formação.
Para que o bom relacionamento ocorra, é necessário que as pessoas participantes tenham flexibilidade na resolução dos pontos divergentes, trabalhando com calma nas resoluções, sempre procurando realizar o trabalho da igreja a fim de convergir para os propósitos dos quais a igreja existe, cumprindo a palavra de Deus em dedicação e amor.
Os dons dentro da igreja, servem ao propósito de suprir as suas necessidades. Cada igreja tem uma necessidade diferente, além de dons diferentes que podem variar conforme o tamanho ou necessidade.
Quem capacita os cristãos é o Espírito Santo, o qual lhes dá dons específicos para servirem (Romanos 12.3-8; 1 Co ríntios12.4-11; Efésios 4.11-12). O propósito desses dons seria glorificar a Jesus Cristo e promover o crescimento do corpo de Cristo. O serviço efetuado pela cristandade deve ser em primeiro lugar aos que fazem parte da Igreja, mas deve ser estendido também aos que não fazem parte dela, pois assim a Igreja se torna sal e luz na sociedade (Gálatas 6.10; Mateus 5.16).
Para melhor compreender a aplicabilidade dos dons na igreja e alguns destes, importante ter uma referência bíblica que apresenta alguns dons e explica que os mesmos são dados por Deus para que a igreja cumpra o plano preestabelecido por Ele. Para isso o texto de 1 Coríntios 12: 1-11 diz assim,
"Irmãos, quanto aos dons espirituais, não quero que vocês sejam ignorantes. Vocês sabem que, quando eram pagãos, de uma forma ou de outra eram fortemente atraídos e levados para os ídolos mudos. Por isso, eu lhes afirmo que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: "Jesus seja amaldiçoado"; e ninguém pode dizer: "Jesus é Senhor", a não ser pelo Espírito Santo. Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diferentes tipos de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes formas de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum. Pelo Espírito, a um dada a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de conhecimento, pelo mesmo Espírito; a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro, dons de cura, pelo único Espírito; a outro, poder para operar milagres; a outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro, variedade de línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas. Todas essas coisas, porém, são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente, a cada um, conforme quer".
O texto de Coríntios mostra que Deus dá diferentes dons aos cristãos, mas que todos estão direcionados para o bem comum, o auxílio de uns aos outros, isso mostra que é importante que cada membro saiba o motivo pelo qual está servindo na igreja. Quando o cristão sabe o seu chamado, ele contribui para o crescimento da igreja.
As igrejas amigáveis e acolhedoras primeiramente ajudam as pessoas a determinarem o que Deus as têm chamado a fazer. Elas acreditam que cada pessoa tem uma área de dons espirituais, e esforçam-se por usar os talentos e as habilidades das pessoas nessas áreas.
A responsabilidade da igreja local consiste destes quatro pontos:
1. Identificar esses dons e talentos
2. Refinar esses dons
3. Prover oportunidades para os indivíduos utilizarem esses dons em algum ministério significativo.
4. Prover apoio ao crente individual nesse ministério.
Barna (1994) explica que as igrejas precisam trabalhar as individualidades das pessoas para ajudá-las no cumprimento do seu chamado individual. O trabalho de capacitação é imprescindível no âmbito da igreja. Para que isso aconteça, é preciso que a igreja desenvolva sua estrutura com a finalidade de propiciar aos seus membros o desenvolvimento de seus dons e talentos. O desenvolvimento estrutural implicará recursos de capacitação e de execução de atividades que possibilitem o desenvolvimento do membro. Também é preciso que essa pessoa seja assistida, com o objetivo de ser conduzida a ter um bom desempenho de suas atividades. Dessa forma, a igreja fará o uso das pessoas de forma correta dentro da sua estrutura. Quando a igreja deixa de usar a capacidade de seus membros, ela está deixando de crescer em áreas em que Deus gostaria que ela crescesse, uma vez que os dons são dados conforme a necessidade de cada igreja.
Os dons espirituais reforçam a ideia de dependência mútua dos membros da igreja. Cada qual deve servir no corpo em proveito de todos, e por sua vez cada um recebe os benefícios dos outros. O pensamento de a igreja ser um corpo facilita muito o emprego dos dons. O funcionamento desse sistema se dá pela interação das partes em cumprir o chamado de Deus.
Os dons espirituais foram dados para o serviço, não para a satisfação pessoal. Esse ponto precisa estar claro no desempenho dos dons, visto que sua aplicabilidade estará a serviço da igreja e dos membros. Podem existir diferentes entendimentos sobre a finalidade dos dons, mas segundo Stott (1986) a Escritura, por sua vez, afirma que eles são “dons de serviço”, cujo propósito primordial é “edificar” a Igreja”. Se o propósito dos dons é a edificação das igrejas, é preciso que a administração eclesiástica tenha um plano para que os dons dos membros possam ser empregados nas atividades e desenvolvimento da mesma.
Para Kornfield as habilidades e o prazer com que uma pessoa realiza no trabalho para Deus são os primeiros indicativos do dom presente na pessoa. “Nós nos sentimos realizados quando cumprimos com os propósitos Deus escritos para nós” (KORNFIELD,1998). Se a sua satisfação está em servir às pessoas, possivelmente seu dom será o de serviço, se seu dom está em evangelizar, possivelmente o seu dom está ligado ao evangelismo. Dessa forma, a liderança poderá inserir cada pessoa no trabalho ou departamento associado ao seu dom.
Pessoas com facilidade evangelísticas devem ser direcionadas a trabalhos evangelísticos. Pessoas com facilidade em servir, podem ser acondicionadas em diversos departamentos, haja visto que podem auxiliar em diferentes trabalhos e departamentos.
Assim, faz-se necessário que a igreja tenha consciência de reconhecer as habilidades nos membros e encaixar cada pessoa no seu propósito específico. O trabalho em grupo fará com que as pessoas se conheçam melhor e possam identificar características nos membros e auxiliá-los a melhorar suas habilidades, sempre que forem empregadas nos departamentos relacionados ao seu dom.
O livro “Desenvolvendo Dons Espirituais e Equipes de Ministério (Mobilizando o Corpo de Cristo)” (KORNFIELD, 1998), apresenta alguns modelos de testes de dons que podem ajudar a liderança a encontrar o dom das pessoas de sua igreja. Entre os exercícios propostos pelo livro, estão a visão que a pessoa tem de si e também como a pessoa se comporta perante algumas situações. Após a aplicação desses questionários, a pessoa estará mais consciente sobre seu dom e a liderança da igreja também poderá melhor inserir o membro nas atividades.
O bom andamento dos departamentos e funções da igreja está diretamente ligado aos dons que seus membros têm. Segundo Robinsons (2014) o pastor ou líder eclesiástico eficiente sabe tirar bom proveito dos procedimentos e oportunidades para equipar os membros da igreja na utilização dos seus dons.
É preciso que as lideranças que administram o trabalho da igreja estejam alerta em aproveitar os recursos humanos da melhor forma possível, empregando os membros de forma a obter o melhor resultado para o reino de Deus. O corpo de Cristo tem a custódia dos dons espirituais. Eles são outorgados aos membros, para a obra do ministério, mas pertencem à igreja para a sua edificação.
Por fim, para o bom andamento da organização da igreja, é preciso que a administração reconheça que esta é uma organização comandada por Deus, que é ele que capacita os membros dessa organização e que existe uma total dependência dos dons que Deus distribui as pessoas que fazem parte da igreja. O governo da igreja precisa trabalhar sob a orientação dos propósitos divinos e estar atenta para aplicar os recursos providos por Deus através da vida das pessoas. A igreja cumprirá seu propósito sempre que trabalhar unida e sob a direção de Deus, seja na área organizacional, nos planejamentos, nos relacionamentos ou em outras áreas.
REFERÊNCIAS
BARNA, George. Igrejas amigáveis e acolhedoras. Traduzido por Prof. Joao Bentes. São Paulo: Abba Pres, 1995
CORDEIRO, Wayne. A igreja irresistível: características da uma igreja que arranca aplausos do céu. Tradução de Jurandy Bravo. São Paulo: Editora Vida, 2012
DUSILEK, Nancy Gonçalves. Liderança Cristã: A arte de crescer com as pessoas. Terceira edição. Rio de Janeiro: JUERP, 1990.
GRAHAM, Billy. O Espirito Santo: ativando o poder de Deus em sua vida. Tradução de Hans Udo Fuchs. São Paulo: Vida Nova, 1995
KORNFIELD, David. Desenvolvendo dons espirituais e equipes de ministério: mobilizando o corpo de cristo. 2. ed. São Paulo: Sepal. 1998
LANDERS, John. Teologia dos princípios batistas. 2. ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1987.
MARTINS, Jaziel Guerreiro. Manual do pastor e da Igreja. Curitiba: A.D. Santos, 2002
REIMER, Johannes. Liderando pela pregação: uma visão diferenciada. Tradução de Doris Körber. Curitiba: Esperança, 2001.
REZENDE, Denis Alcides. Planejamento estratégico para organizações privadas e públicas: guia prático para elaboração do projeto de plano de negócio. Rio de Janeiro: Brasport, 2008.
RICHARDS, Lawrence O.; MARTIN, Gib. Teologia do ministério pessoal: os dons espirituais na igreja local. Tradução de Neyd Siqueira. São Paulo: Vida Nova, 1984.
ROBINSONS, Darrell W. Igreja: celeiro de dons. Tradução de Maysa Monte. Rio de Janeiro: JUERP: Convenção Batista Brasileira, 2000
____________________. Vida total da igreja – Uma estratégia para o século 21 inspirada no modelo de igreja do primeiro século. Rio de Janeiro: SABRE, 2014.
STOTT, John R. W. Batismo e plenitude do Espirito Santo. 2. ed. Tradução de Hans Udo Fuchs. São Paulo: Vida Nova, 1986
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