Mateus
11.28-30
INTRODUÇÃO
- Em dias como
esses em que estamos vivendo, diversas pessoas já fizeram a seguinte pergunta:
Alma, onde e como encontrar descanso?
Que fatores tem feito com que a alma necessite de
descanso? Que tipo de descanso anela a alma? Por quais razões a alma, anseia
tanto por esse refrigério?
O texto bíblico nos apresenta de uma maneira simples
e eficaz a resposta para esta indagação.
Para entendermos a dinâmica do assunto, observaremos
o contexto no Evangelho de Mateus.
1) Mateus
capítulo 11 revela-nos quatro retratos distintos de Cristo:
1. Jesus,
o juiz que repreende – v. 21 – Jesus tinha realizado grandes milagres em
Corazin e Betsaida, mas o povo reagiu com indiferença à mensagem e às obras de
Cristo.
Jesus,
então, os repreende com palavras severas de juízo e condenação.
2. Jesus,
o Filho que se alegra – v. 25 – Jesus mostra aqui a inescrutável sabedoria de
Deus que oculta as verdades do evangelho aos sábios e entendidos deste mundo e
as revela aos pequeninos. No Reino de Deus quem não se fizer como uma criança
jamais poderá entrar no céu.
3. Jesus,
o Deus feito carne que revela o Pai – v. 27 – Jesus mostra aqui, que ele é Deus.
Ele é o criador do universo, o Rei imortal, que veio para nos revelar quem é
Deus.
4. Jesus,
o Deus redentor que oferece descanso para a nossa alma – v. 28-30 – Essas
palavras tem gerado calma, cura e salvação para milhões de pessoas aflitas ao
longo dos séculos. Aqui nós temos a oferta do Evangelho:
I. O
CONVITE DE JESUS – V. 28
Ninguém
no universo tem autoridade e competência para fazer esse convite.
Observe
que você não está sendo convidado para analisar uma denominação, uma igreja,
uma doutrina, mas você está sendo convidado para um encontro e uma experiência
com Cristo.
Os
fariseus diziam: Façam! Mas a verdadeira salvação é encontrada somente em uma
Pessoa. Na Pessoa de Jesus Cristo.
1.
Encontro com Cristo – “Vinde a mim”
Esse
convite é dirigido a todos indistintamente. Esse convite é aberto a todos os
que estão cansados e sobrecarregados com o peso do pecado ou o peso do
legalismo.
Esse
convite não é discutir sobre Cristo, mas para um encontro com Cristo. Não é
religião. Não é moralidade. Não é rito religioso. Não é caridade. Não é
misticismo. Não é legalismo. Não é fuga da realidade. É um encontro com aquele
que é a vida, a paz, a alegria, a salvação.
Vir a
Cristo significa confiar nele. Entregar-se a ele.
2.
Experiência com Cristo – “Vinde a mim todos vós que estais cansados e
sobrecarregados e eu vos aliviarei”.
Há
milhares e milhares de pessoas que são controladas pelo pecado. Vivem sob a
opressão do medo, do vício, do pecado.
2.1. A
escravidão do pecado – “Todos vós que estais cansados”. O pecado cansa. O
pecado é um fardo. O pecado destrói as pessoas. O pecado é um fardo esmagador.
Muitas pessoas não aguentam mais conviver com seus vícios. São escravas. São
cativas. Estão carregando um peso cruel sobre as costas.
2.2. O
peso do pecado – “… e oprimidos”. O Peregrino ao ver a cruz, seu fardo caiu de
suas costas e ele ficou livre. Quando vamos a Jesus encontramos descanso para a
nossa alma. Jesus oferece não apenas descanso espiritual, mas descanso físico,
mental e emocional. “Deixo-vos a paz e a minha vos deu”.
II.
A EXIGÊNCIA DE JESUS – V. 29
Relembre
que Jesus foi um carpinteiro em Nazaré. Certamente ele fez muitas cangas para
colocar debaixo do mesmo jugo os animais de trabalho. Ao usar essa metáfora,
Jesus está nos falando sobre duas coisas. Esta obrigação é para:
1.
Aceitar um relacionamento com Cristo – v. 29 – “Tomai sobre vós o meu jugo”.
Há muitas
pessoas que buscam se deleitar nos benefícios do evangelho, mas sem compromisso
de um estreito relacionamento com Cristo. Eles desejam conhecer a paz, o
perdão, o poder e propósitos em suas vidas, mas não querem compromisso com
Jesus.
Eles não
entendem que não há cristianismo sem compromisso com Jesus. Aquele que se une
com o Senhor torna-se um só espírito com ele.
Tomar o
jugo de Cristo é uma profunda experiência. A escravidão de Cristo nos liberta.
O jugo de Cristo é o sinal da liberdade. Quanto mais escravo de Cristo você é,
mais livre você se sente.
Quando
você toma o jugo de Cristo você conhece a paz com Deus e a paz de Deus.
Tomar o
jugo de Cristo é tornar-se discípulo. É submeter-se a Cristo.
2.
Assumir uma responsabilidade com Cristo – v. “Tomai sobre vós o meu jugo”.
O jugo
fala também do serviço sob o senhorio de Cristo. Assim como dois bois trabalham
debaixo do mesmo jugo, o Senhor Jesus deseja que estejamos ligados a ele no
serviço do Reino de Deus. Veja Marcos 16:20.
Neste
apelo evangelístico de Jesus há não somente um convite dirigido ao coração e
uma obrigação dirigida à vontade, mas também uma educação dirigida à mente.
III.
O DESAFIO DE JESUS AO APRENDIZADO – V. 29-30
Vir a
Jesus e tomar sobre nós o jugo é algo que acontece quando cremos. Mas o
aprendizado é um processo. Quanto mais nós aprendemos de Cristo, mais nós
desfrutamos da sua paz.
1.
Nós devemos aprender de Cristo – v. 29
Este não
é um aprendizado meramente acadêmico, mas um aprendizado de uma experiência
pessoal com Cristo e seu amor. Devemos buscar a intimidade com Jesus, como João
buscou. Devemos auscultar o pulsar do coração de Jesus.
Devemos
aprender sobre a mansidão de Cristo. Mansidão não é fraqueza, mas poder sob
controle.
Devemos
aprender sobre a humildade de Cristo. A palavra “humilde” significa baixo como
o chão. Isto significa curvar-se até chegar aos pés de alguém. Ser humildade é
fazer como Maria que se assentava aos pés de Jesus.
2.
Nós devemos descansar em Cristo – v. 29
Quanto
mais nós aprendemos de Cristo, mais nós descansamos nele. Quanto mais nós temos
intimidade com Cristo, mais nós encontramos descanso para as nossas almas.
Paulo diz
isso de outra forma: “Agora já não sou eu mais quem vive, mas Cristo é quem
vive em mim”.
Devemos
lançar não apenas a nossa ansiedade sobre ele, mas toda a nossa vida, a nossa
alma. Cristo é o nosso descanso. Ele é a nossa paz. Ele é a nossa cidade
refúgio.
A palavra
fé é colocar toda a sua alma, seu peso, seu fardo, sua vida sobre Cristo.
CONCLUSÃO –
A alma que se encontra na presença de Cristo, não
permanece cansada, sobrecarregada e muito menos oprimida. Ela vive o processo
da conversão genuína, passando à dispor-se ao serviço do Reino e ao contínuo
aprendizado com o foco de discipulado presente em sua essência.
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